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Copeiro de churrascaria, dono de loja e traficante: TJ manda soltar Jimi Hendrix

Da Redação - Pedro Coutinho

O Tribunal de Justiça (TJMT) substituiu a prisão preventiva de Jimi Hendrix Alves da Silva, detido no âmbito da Operação Doce Amargo, pro medidas alternativas ao cárcere, como o uso de tornozeleira eletrônica. Relator do habeas corpus, o desembargador Marcos Regenold considerou que as medidas cautelares são suficientes para garantir a ordem pública e o regular andamento do processo. Acórdão foi proferido no último dia 15.

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Jimi Hendrix, preso no âmbito da Operação Doce Amargo III por supostamente ser fornecedor de drogas, especialmente maconha, é copeiro da Churrascaria Nativas, em Cuiabá, e detentor de 100% do capital social da empresa La Casa da Moda, segundo a Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE).

No entanto, conforme dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) apresentados pela Inteligência da Polícia Judiciária Civil, ele movimentou R$360 mil em um curto período, via transações fracionadas a pessoas com passagens criminais por tráfico, sendo que uma delas já foi detida em outra ação policial em posse de 1,5 tonelada de maconha.

Com renda presumida em 2 salários-mínimos, Jimi Hendrix transacionou R$289 mil de maneira fragmentada com dezenas de contrapartes, tanto no crédito como no débito, mesmo tendo apenas 14 mil em sua conta, segundo dados do Coaf.

Ele tem 29 anos de idade, residente de Várzea Grande, com renda presumida de R$3.276,14, não possui registro profissional e tem participação societária em empresa do ramo de comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios.

Além de ser preso suspeito de fornecer maconha em Cuiabá, ele chamou atenção do Conselho Financeiro por elevar as movimentações de suas contas, mas sem que os valores fossem percebidos pela loja a qual é proprietário.

Jimi Hendrix foi alvo de mandado de prisão cumprido no início de março, no âmbito da Operação Doce Amargo III e, agora, teve suas movimentações bancárias examinadas em pormenores pelo Coaf.

Segundo as investigações, Jimi era associado com Everton “Torinho”, e eles praticavam o tráfico de entorpecentes na capital.

Para o relator, Marcos Regenold, medidas cautelares alternativas ao claustro são suficientes para manter a regular instrução e andamento da ação penal contra Hendrix, que vai ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

“Restando demonstrada a inexistência de elementos a lastrearem a medida extrema, ressai impositiva, à luz das condições pessoais do paciente, da facticidade conforme posta e em atenção aos postulados da proporcionalidade e adequação (art. 282, CPP), a substituição do claustro por medidas cautelares diversas, além do monitoramento eletrônico, não se descurando do fato de se tratar de operação que investiga comércio de entorpecentes já em sua terceira fase”, diz o acórdão, proferido à unanimidade pela Segunda Câmara Criminal.
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