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Coronel cita inquérito sigiloso ainda não finalizado que impede defesa, mas juiz rejeita suspender processo

Da Redação - Arthur Santos da Silva

O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, rejeitou pedido para suspender ação sobre a morte do advogado Roberto Zampieri. Requerimento, do coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, apontava a existência de um inquérito complementar ainda não finalizado, o que, conforme advogado, acarretaria em “restrição à plenitude de defesa”.

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O Núcleo de Defesa da Vida do Ministério Público do Estado de Mato Grosso denunciou em fevereiro Antonio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas por homicídio triplamente qualificado do advogado Roberto Zampieri.
 
De acordo com a peça, o crime foi cometido mediante paga e promessa de recompensa, com recurso que dificultou a defesa da vítima e emprego de arma de uso restrito. O advogado Roberto Zampieri foi assassinado com disparos de arma de fogo em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, próximo ao escritório dele.
 
Em documento juntado no começo de maio, defesa de Caçadini afirmou que tomou conhecimento sobre a tramitação de um inquérito complementar, sob sigilo. Assim, requereu a suspensão da tramitação da ação até que se conclua o inquérito policial complementar.
 
Em sua decisão, Jorge Alexandre rebateu afirmando que “não há que falar em restrição ao exercício da plenitude de defesa, uma vez que a exordial acusatória que imputa as condutas tidas como delituosas aos implicados, restou subsidiada exclusivamente pelos elementos informativos já encartados aos autos”.
 
“Dessa forma, cai por terra a alegação de restrição ao exercício da defesa, uma vez que foi oportunizado aos acusados o acesso pleno às provas produzidas nos autos, assegurando-se, assim, os princípios do contraditório e da ampla defesa”, explicou o juiz.
 
“Diante do exposto, rejeito a questão de ordem alegada”, finalizou.
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