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TJ aumenta pena de feminicida que degolou e queimou esposa viva em Cuiabá

Da Redação - Pedro Coutinho

O Tribunal de Justiça (TJMT) acatou apelação do Ministério Público e majorou a pena do feminicida José Carlos Jesus da Silva, inicialmente condenado a 27 anos por ter assassinado a esposa, Maria de Almeida Gonçalves, de 68 anos, em janeiro de 2023, na capital. Por unanimidade, os magistrados da Terceira Câmara Criminal aumentaram a punição para 30 anos e 4 meses de prisão, em regime fechado.

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José foi preso no dia 6 de janeiro, data em que o corpo de Maria foi encontrado no bairro Pedra 90, em Cuiabá. Em depoimento ao delegado da Polícia Civil, Marcel Gomes, o acusado afirmou que deu uma facada embaixo das axilas da mulher, para matá-la.

Em seguida, José tentou degolar a vítima. Ao notar que ela não havia morrido, ateou fogo em um tapete e jogou em cima da mulher. 

Com o recebimento da pronúncia pela Justiça, foi apontado que José queria causar intenso sofrimento na vítima.

Em julho do ano passado, José foi submetido ao Tribunal Júri. No documento de sentença consta que o condenado e Maria estavam namorando há três meses e que, no dia do crime, haviam retornado de viagem.

A juíza que presidiu o julgamento, Mônica Catarina Perri Siqueira, apontou que José agiu com extrema frieza ao matar a companheira, e acatou o entendimento do Conselho de Sentença, o condenado a 27 anos e cinco meses, em regime fechado.

O órgão ministerial apelou pedindo o redimensionamento da pena. Em sessão de julgamento, então, os desembargadores acataram parecer ministerial e aumentaram a sentença para 30 anos e 4 meses, no mesmo regime fechado. 
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