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Assistentes de acusação apontam manobra para tentar liberdade; médico requer prosseguimento do processo

Da Redação - Arthur Santos da Silva

Defesa do médico Bruno Gemilaki apresentou resposta à acusação nesta quarta-feira (17) requerendo prosseguimento da ação em que é acusado de participação da morte dos idosos Pilso Pereira da Cruz e Rui Luiz Bogo e de tentar matar José Roberto Domingos e Erneci Afonso Lavall. Resposta foi apresentada um dia após assistentes de acusação apontarem manobra para futuro pedido de liberdade. 

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“Considerando que faltam informações processuais que serviriam à defesa, limitamos a requerer o processamento do feito encaminhando-o à fase instrutória”, argumentou a defesa.
 
A 1° Promotoria de Justiça Criminal de Peixoto de Azevedo (691 km de Cuiabá) denunciou a empresária Inês Gemilaki, o filho dela, Bruno Gemilaki, e o cunhado dela, o operador de máquinas Eder Gonçalves Rodrigues, por quatro homicídios qualificados, sendo dois consumados e dois tentados.
 
Eles são acusados de matar os idosos Pilso Pereira da Cruz e Rui Luiz Bogo e de tentar matar José Roberto Domingos e Erneci Afonso Lavall, por motivo fútil e utilizando-se de recurso que dificultou a defesa das vítimas. O crime aconteceu em 21 de abril de 2024. 

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso ainda requereu a fixação de indenização mínima no valor de R$ 2 milhões para reparação dos danos causados às vítimas e aos seus familiares, no caso dos que faleceram.

Assistente de acusação

Familiares das vítimas, atuando como assistentes de acusação, reclamaram na terça-feira (16) sobre demora dos réus apresentarem resposta à acusação. O comportamento teria como objetivo, segundo assistentes de acusação, criar obstáculos artificiais no andamento do processo penal.
 
“Tais manobras processuais, além de prejudicarem a eficiência da justiça, acabam por prolongar o sofrimento das partes envolvidas, especialmente das famílias das vítimas dos crimes imputados à ré e aos demais denunciados”.
 
Houve apontamento ainda de que a demora seria uma tentativa de manipulação do curso normal do processo penal para alegar excesso de prazo na formação da culpa, visando ingressar com pedidos de liberdade provisória.
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