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Notícias / Criminal

Centroavante do 'Amigos WT' é mantido preso em operação por suposta lavagem de dinheiro do CV

Da Redação - Arthur Santos da Silva

Alex Júnior Santos de Alencar, conhecido como Soldado, um dos alvos da Operação Apito Final, teve pedido de liberdade em habeas corpus indeferido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Informações consta no Diário de Justiça desta quarta-feira (24), após decisão da ministra Maria Thereza de Assis Moura. Soldado é centroavante do time de futebol amador "Amigos WT". 

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Segundo os autos, o juiz de primeiro grau decretou a prisão preventiva do paciente e de outras 25 pessoas, na data de 4 de março de 2024, "ante os indícios de integrarem a organização criminosa 'Comando Vermelho de Mato Grosso' e da prática de crimes como o de lavagem de dinheiro”.
 
O mandado de segregação cautelar foi cumprido ainda naquele mês e, na audiência de custódia, o pleito de liberdade do acusado foi indeferido, mesmo entendimento de decisão posterior, datada de maio.
 
No habeas corpus, jogador alega a ausência de fundamentação do decreto prisional. Entende que a prisão é desproporcional, sendo suficientes outras medidas cautelares, “em especial por ser o paciente primário, possuidor de bons antecedentes, labor lícito, residência fixa e família constituído, sendo genitor de crianças menores de idade”.
 
Assim, requereu liminarmente e no mérito a revogação da prisão preventiva, com a expedição do alvará de soltura, ainda que mediante a substituição do encarceramento por medidas cautelares diversas.
 
Em sua decisão, ministra salientou que o deferimento de liminar em habeas corpus é medida excepcional, cabível apenas em hipóteses de patente ilegalidade. Para tanto, há necessidade de prova pré-constituída acerca do alegado constrangimento ilegal.
 
“No caso, o impetrante não juntou a cópia do decreto de prisão preventiva do paciente, somente acostando a decisão que indeferiu a soltura. A fragilidade na instrução do presente mandamus impede a análise da plausibilidade do pedido de liminar formulado. Ante o exposto, indefiro o pedido de liminar”, decidiu Maria Thereza.

Operação Apito Final desarticulou um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro que movimentou R$ 65 milhões em dois anos. O principal alvo da operação foi Paulo Witer, o WT, suposto tesoureiro do Comando Vermelho. 
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