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Membro do CV que aplicou 80 chibatadas em duas vítimas é condenado a 9 anos

Da Redação - Pedro Coutinho

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal, condenou Eguido Cordeiro Engelmann, membro do Comando Vermelho, a 9 anos de prisão no regime fechado, pelos crimes de tortura e organização criminosa. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por ter aplicado um “salve” numa vítima que teria ameaçado um membro da facção. Sentença é desta quarta-feira (31).

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Em novembro de 2020, no bar da Amanda, em Sapezal, Eguido e mais dois comparsas, que foram absolvidos por falta de provas, juntamente com três adolescentes, aplicaram um “salve” em J.A.S., o desferindo 50 chicotadas com fio de luz, o que ocasionou várias lesões nas costas. A tortura foi motivada porque J.A.S. teria ameaçado um menor faccionado.

Outra vítima, identificada como T.H.S.F., foi “punido” com 30 chibatadas de fio, por acusar outro membro do CV de ter roubado um celular.

Em sede de depoimentos e instrução probatória, o magistrado verificou que Eguido, apesar de ter negado as chibatadas, confessou que foi o responsável por buscar a vítima e levá-la ao local do crime. Contudo, as vítimas reconheceram que Eguido foi um dos autores das chibatadas.

Comprovada autoria e materialidade de Eguido no caso, o juiz decidiu condená-lo a 9 anos, nove meses e cinco dias de reclusão, por organização criminosa e tortura. O regime inicial para cumprimento da pena é o fechado, e ele não terá direito de recorrer em liberdade.
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