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Decisão quebra sigilo bancário e fiscal de desembargadores afastados; CNJ diz que investigação abrange servidores

Da Redação - Arthur Santos da Silva

Decisão que afastou os desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, nesta quinta-feira (1º), determina ainda quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados e de servidores do TJMT, referente aos últimos cinco anos.

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O processo tramita em sigilo na Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e não há detalhes sobre a quantidade a identidade dos servidores alvos. A decisão pela quebra é do corregedor nacional, ministro Luis Felipe Salomão.
 
Segundo o CNJ, há indícios de que os magistrados mantinham amizade íntima com o advogado Roberto Zampieri, que foi morto a tiros no fim de 2023, quando saia de seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.
 
Segundo o CNJ, a relação dos desembargadores com Zampieri os tornariam suspeitos para decidir processos patrocinados pelo referido causídico – e recebiam vantagens financeiras indevidas e presentes de elevado valor para julgarem recursos de acordo com os interesses de Zampieri.
 
“As investigações acenam para um cenário de graves faltas funcionais e indícios de recebimento de vantagens indevidas”, afirma o Corregedor Nacional de Justiça em sua decisão, e requisita das autoridades fiscais e monetárias documentos, sigilosos ou não, imprescindíveis ao esclarecimento dos processos.
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