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Notícias / Criminal

Policiais civis e militares que formariam milícia em MT são condenados a 164 anos por roubar e revender cargas de drogas

Da Redação - Pedro Coutinho

O juiz João filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou sete policiais a penas que, somadas, alcançam 164 anos, no regime fechado, por integrarem organização criminosa, roubo, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Eles respondem ação penal proveniente da Operação Cérberur, deflagrada em 2021 pela Polícia Federal, com objetivo de desarticular esquema que roubava carregamentos de drogas e vendia o material para outros criminosos.

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Terceiro sargento da PM, Adelso Francisco dos Santos foi sentenciado a 23 anos. O investigador da Polícia Civil, Dionisio Ilário dos Santos pegou 19 anos. Ex-militares, Raimundo de Queiroz recebeu pena de 30 anos, Vail Abreu pegou 27 anos, Renan Queiroz 19 anos, José de Barros Costa 24 anos e Everaldo Ferreira, 22 anos.

O juiz impôs o regime fechado para que os condenados cumpram o início da pena. Contudo, como eles já não se encontram mais presos, apenas cumprindo medidas cautelares, Portela concedeu-lhes o direito de recorrerem em liberdade.

Todos eles foram presos na Operação Cérberus, deflagrada em 04 de novembro de 2021 pela Polícia Federal, por suposta participação em organização criminosa que comandava o tráfico de drogas em Mato Grosso.

Denúncia cita que o grupo era formado por policiais e ex-policiais que comandavam a venda de entorpecentes no Estado, tendo inclusive atuado no roubo de cargas de drogas para revender e ainda extorquiam os traficantes.

Investigações da Polícia Federal mostraram que os alvos da organização ostentavam e estavam a caminho de formar uma milícia em Mato Grosso. Ao todo, dois PMs acabaram presos e a Justiça determinou o bloqueio de R$ 5,5 milhões das contas dos suspeitos.

A operação foi batizada de Cérberus em razão da forma extremamente violenta como agiam os integrantes da organização, em alusão à mitologia grega do monstruoso cão de três cabeças que guardava a entrada do mundo inferior, o reino subterrâneo dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem. 
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