Imprimir

Notícias / Criminal

Algoz de Nenê Games pretende atrasar primeira sentença alegando quebra na cadeia de custódia e cerceamento de defesa

Da Redação - Pedro Coutinho

Defesa de Silvio Júnior Peixoto, executor do comerciante Gersino Rosa dos Santos, o Nenê Games, e Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, apresentou os memoriais finais, fase que antecede prolação de sentença, e pediu acolhimento das preliminares de quebra de cadeia de custódia e cerceamento de defesa. Nenê e Cleyton foram assassinados por Silvio no Shopping Popular, em Cuiabá, em novembro de 2023.

Leia mais: Algoz de Nenê Games confessa que quase hesitou, mas tomou fôlego e executou o comerciante por R$ 10 mil

Nesta segunda-feira (19), defesa de Silvio disse que houve quebra na cadeia de custódia das provas: alegou que o local do crime não foi preservado, de modo que as provas obtidas não seriam válidas.

Também sustentou cerceamento de defesa, argumentando que laudos foram juntados no processo após realização de audiência de instrução e julgamento, o que teria prejudicado o exercício da defesa. “Por essa razão Excelência é importante que se declare nula a audiência realizada e designe outra prestigiando os princípios constitucionais e convencionais da ampla defesa e contraditório”, pediu.

O juízo da 12ª Vara Criminal de Cuiabá ainda não emitiu uma decisão sobre os memoriais apresentados pela defesa, pois o Ministério Público ainda deverá expor suas razões finais. No último dia 12, a juíza Anna Paula Gomes de Freitas manteve a prisão de Silvio e dos mandantes do crime, Vanderley Barreiro da Silva e Jocilene Barreiro da Silva, que são mãe e filho.

As vítimas foram mortas a tiros no fim do ano de 2023. Gersino possuía uma banca de produtos eletrônicos no centro comercial. Já Cleyton, era funcionário de outra loja no shopping.
 
Segundo denúncia, Silvio foi contratado por Jocilene Barreiro da Silva e Wanderlei Barreiro da Silva, mãe e filho, acusados de serem os mandantes do crime. Cleyton não era o alvo, mas foi atingido por engano e morreu.
 
Segundo o delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a “cabeça” de Nenê foi encomendada por motivos de vingança. Nenê teria ordenado o assassinato de Girlei Silva da Silva, de 31 anos, conhecido como Maranhão, que era filho de Jocilene e irmão de Wanderlei.
 
Silvio então, foi contratado para invadir o Shopping Popular, onde Gersino Rosa tinha uma loja, para vingar a morte de Maranhão.
 
Ao julgar revogação das prisões, magistrada salientou que não houve qualquer alteração no cenário fático ou probatório capaz de ensejar a revogação. 

“Consigno que a custódia cautelar ainda se faz imprescindível, notadamente diante da inalteração fática que deu ensejo ao édito constritivo, bem como, diante da gravidade do delito imputado em face dos processados”, salientou, mantendo os réus presos.
Imprimir