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Autônoma que assassinou ex a tiros para se defender de agressões é absolvida pelo Tribunal do Júri

Da Redação - Pedro Coutinho

O Tribunal do Júri absolveu Dulcemeire Camargo Neves do homicídio praticado contra seu ex-marido, Vladimir Antônio Nunes da Silva, em julgamento ocorrido na última quinta-feira (15). O crime ocorreu em 2015, em Cuiabá.

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No dia 27 de outubro daquele ano, no bairro Residencial JK, Dulcimeire assassinou Vladimir com dois tiros, um no rosto e outro no braço. Conforme testemunhas narraram ao Ministério Público, ela mantinha um relacionamento conturbado com ele, sendo diversas vezes agredida.

No dia do crime, eles tiveram uma discussão. Munida de uma arma de fogo, então, Dulcimeire executou Vladimir. Conforme a defesa da ré, ela agiu em legítima defesa, defendendo-se das agressões do ex-companheiro. A possível motivação da briga teria sido por conta da propriedade da residência onde eles viviam.

Na última quinta, então, o Conselho de Sentença reconheceu os dois primeiros quesitos no julgamento: materialidade e autoria delitiva. Ou seja, os jurados reconheceram que, de fato, ela assassinou o ex-marido.
Contudo, no terceiro, referente à condenação ou absolvição, os jurados se convenceram dos argumentos defensivos de Dulcimeire e a inocentaram do crime de homicídio, considerando que ela agiu em legítima defesa.

“Assim, atenta à soberana decisão do Conselho de Sentença, a qual estou vinculada, nos termos do artigo 386, inciso VI, do Código de Processo Penal, absolvo a acusada DULCEMEIRE CAMARGO NEVES, qualificada nos autos”, sentenciou a juíza Mônica Perri, que preside 1ª Vara Criminal de Cuiabá.
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