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Transportadora que patrocinou atos golpistas culpa bloqueio imposto por Moraes e entra em recuperação judicial

Da Redação

A Vara Regionalizada de Recuperação Judicial e Falência da 4ª Vara Cível de Rondonópolis homologou o plano de recuperação judicial do grupo P A Rezende LTDA, empresa do segmento de transporte de cargas que sofreu bloqueios financeiros impostos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por suposto envolvimento em manifestações consideradas antidemocráticas, em novembro de 2022.

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“Esse bloqueio financeiro forçou os dirigentes da Rezende Transportes a contrair empréstimos com terceiros, a juros maiores, para poder honrar os compromissos com seus mais de 200 colaboradores e fornecedores. Foi uma medida do STF que culminou no desequilíbrio de uma empresa com anos de serviços prestados é fundamental para a economia”, avalia o advogado responsável pela ação, Antônio Frange Júnior.

A decisão permitirá reestruturar seus negócios e ajustar dívidas com credores, no valor de aproximadamente R$ 26 milhões. Em sua petição, a empresa expôs seu histórico e as razões por trás de sua situação financeira delicada.

Segundo a P A Rezende, a recuperação judicial é essencial para reduzir o pagamento de juros, manter os empregos existentes, gerar novas vagas de trabalho e retornar ao crescimento sustentável. A empresa também destacou sua viabilidade econômica e a confiança em sua capacidade de reação para superar a crise.

O juiz Renan Carlos Leão Pereira do Nascimento analisou a petição e concluiu que a empresa preenche os requisitos legais para o deferimento da recuperação judicial. "O processo de recuperação judicial busca proporcionar à empresa a oportunidade de se reorganizar e continuar suas atividades, evitando a falência e preservando empregos e a geração de renda", afirmou o juiz na decisão.

A aprovação definitiva do plano de recuperação judicial dependerá da avaliação do administrador judicial e da negociação com os credores. A empresa terá que apresentar relatórios mensais e de incidentes processuais a cada quatro meses, de acordo com as recomendações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“A decisão de deferir a recuperação judicial do Grupo Rezende é um passo importante para a economia dos municípios onde atua, pois preserva o emprego de mais de 200 pessoas e mantém ativa uma empresa de relevância no mercado”, ressalta Frange.
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