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Juiz nega domiciliar a suposto 'testa de ferro' do CV que aguarda por transplante de córnea

Da Redação - Arthur Santos da Silva

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, negou pedido de substituição da prisão preventiva por domiciliar formulado pela defesa de William Aparecido da Costa Pereira, o William Gordão, um dos alvos da Operação Ragnatela, que revelou suposto esquema de shows para lavagem de dinheiro do Comando Vermelho em Mato Grosso. Decisão é desta sexta-feira (23).

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Defesa sustentou que William é portador de deficiência visual em ambos os olhos. O único tratamento clínico para o olho esquerdo é transplante de córnea, razão pela qual se inscreveu no Sistema Nacional de Transplantes.
 
Defesa alegou que após prisão, foi convocado duas vezes pela Gerência de Acompanhamentos e Controle de Transplantes, da Secretaria de Estado de Saúde, para ser submetido ao transplante, o que não foi realizado, segundo advogados, justamente pela privação da liberdade.
 
Em sua decisão, porém, magistrado salientou que “não se visualiza” a impossibilidade de tratar das enfermidades dentro do próprio estabelecimento prisional. Todavia, diante da comprovação de que o réu necessita do procedimento cirúrgico indicado, bem como foi convocado em outras oportunidades para sua realização, juiz expediu ofício à Penitenciária Central do Estado para que providencie todo o necessário.
 
 O caso

Quatorze pessoas foram denunciadas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Mato Grosso (MPE), por suspeita de envolvimento com uma organização criminosa na realização de shows em casas noturnas, em Cuiabá. Entre os denunciados está William Gordão.
 
A denúncia é resultado da Operação Ragnatela, que identificou que os criminosos participavam da gestão das casas noturnas e, com isso, passaram a realizar shows de cantores nacionalmente conhecidos, custeados pela facção em conjunto com um grupo de promotores de eventos da cidade.
 
William seria “testa de ferro” de Joadir Alves Gonçalves, que supostamente ocupava cargo de chefia da organização criminosa.
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