O juiz João Filho de Almeida Portela, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, revogou prisão domiciliar em nome de Jaiane Suelen Silva de Arruda, alvo da Operação Apito Final, que combateu suposto esquema de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho liderado por Paulo Witer, o WT.

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Segundo os autos, Jaiane seria casada com Alex Júnior Santos de Alencar, o Alex Soldado, suposto integrante da organização criminosa. Mesmo tendo afirmado que se encontra desempregada, Jaiane realizou a aquisição de dois veículos de valores incompatíveis com suas atividades profissionais já registradas, os quais foram, de fato, utilizados em favor de Paulo Witer, apontado como tesoureiro geral do CV.
 
Em consulta ao banco de dados do Detran, a autoridade policial constatou que Jaiane figurou como proprietária de pelo menos cinco veículos, dados incompatíveis com a remuneração que recebia à época.
 
Para revogar a prisão, magistrado salientou que a acusada é primária, não possuindo qualquer condenação criminal e, ainda, se encontra presa em seu domicilio apenas por processo da Apito Final.
 
“Demais a mais, ainda que os fatos narrados neste feito sejam sabidamente graves, no caso concreto, a prisão passou a ser desarrazoada já que, à luz da imputação, mesmo em caso de condenação, não se imporá, em princípio, regime fechado”, diz trecho da decisão.
 
Foram impostas a seguintes medidas cautelares: comparecimento mensal em juízo; proibição de manter contato e realizar transações bancárias com os demais acusados; não praticar qualquer infração penal; proibição de acesso ou frequência a bares, boates para evitar o risco de novas infrações; manter o endereço atualizado, sob pena do processo seguir sem sua presença, se no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo.