Imprimir

Notícias / Criminal

Desembargador diz que foi induzido a erro e revoga liminar que determinava domiciliar a suposto 'testa de ferro' do CV

Da Redação - Arthur Santos da Silva

Desembargador Luis Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), revogou liminar que concedia prisão domiciliar em favor de William Aparecido da Costa, o Willian Gordão, um dos líderes do Comando Vermelho e alvo da Operação Ragnatela, por supostamente lavar dinheiro da facção por meio de shows.

Leia também 
Casal que lavava dinheiro do tráfico via multimarcas em Cuiabá tem a prisão mantida; demais alvos continuam presos

 
Habeas corpus, com pedido de liminar, requeria a prisão domiciliar após o réu passar por transplante de córnea. A liminar chegou a ser concedida.
 
Ao reavaliar a questão, porém, magistrado argumentou que o pedido de urgência foi deferido tendo em vista que os impetrantes induziram o julgador a erro.
 
Advogados afirmaram na peça que a Penitenciária Central do Estado (PCE) não teria condições de oferecer ao paciente os cuidados para se recuperar da cirurgia dos olhos a que foi submetido.
 
Ainda segundo magistrado, “ficou claro que os impetrantes omitiram informações recentes de que a Penitenciária Central do Estado tem condições de proporcionar ao paciente todos os cuidados pós-cirúrgicos”.
 
“Logo, fica evidente que o paciente receberá os cuidados pós-cirúrgicos dentro da prisão, não existindo razão, ao menos nesta fase inicial, para conversão da sua prisão preventiva em domiciliar”, decidiu Luis Ferreira da Silva.

O caso 

Quatorze pessoas foram denunciadas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Mato Grosso (MPE), por suspeita de envolvimento com uma organização criminosa na realização de shows em casas noturnas, em Cuiabá. 

Entre os denunciados está William Gordão. A denúncia é resultado da Operação Ragnatela, que identificou que os criminosos participavam da gestão das casas noturnas e, com isso, passaram a realizar shows de cantores nacionalmente conhecidos, custeados pela facção em conjunto com um grupo de promotores de eventos da cidade. 

William seria “testa de ferro” de Joadir Alves Gonçalves, que supostamente ocupava cargo de chefia da organização criminosa.
Imprimir