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Estado e consórcio têm 5 dias para prestar informações a juiz sob pena de suspensão do VLT

Da Redação - Laura Petraglia

Por determinação do juiz da 1ª Vara Federal, Juiler Sebastião da Silva, o governo do Estado e o Consórcio VLT Cuiabá tem 5 dias para prestar informações e repassar dados sobre os cronogramas físico-financeiros com as medições das obras realizadas e já pagas, sob pena de ter as obras do Veículo Leve sobre Trilhos - VLT suspensas.

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Consta do documento datado de dois de abril, que quando as obras foram retomadas, em setembro de 2012, ele havia imposto ao governo do Estado, por meio de decisão, a obrigação de anexar aos autos comprovantes de medições e pagamentos ao Consórcio VLT Cuiabá, responsável pelas obras do VLT.

“Dessa sorte, como o processo está suspenso, mas as obras estão em andamento, intimem-se o Estado de Mato Grosso e o Consórcio VLT Cuiabá a juntarem aos autos todas as planilhas de medições e comprovantes de pagamentos dos serviços já executados, no prazo de 05 (cinco) dias, bem como a continuar a documentar os itens retro, independentemente da suspensão dos demais atos processuais”, despachou.

O magistrado lembrou ainda aos gestores, que a ação encontra-se com seu trâmite suspenso somente até o julgamento do mérito. O Ministério Público Federal (MPF) não conseguiu até o momento reverter a decisão que liberou a obra do veículo leve sobre trilhos (VLT), em Cuiabá e Várzea Grande e prevista para a Copa do Mundo de 2014.

O processo principal é uma ação civil pública movida pelo MPF e o Ministério Público Estadual (MPE) contra o governo estadual, a União e contra o consórcio de empresas responsável pelo VLT. Os órgãos apontam supostas irregularidades na obra e, em consequência, possível prejuízo de mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.

Em setembro de 2012, o governo mato-grossense conseguiu, no TRF-1, suspender a liminar que havia sido concedida pela Justiça Federal em Mato Grosso para paralisar a obra. No recurso, o MPF argumentou que a implantação do VLT prejudicará a “ordem pública” e a “economia pública”. Citou o “comprovado custo absurdamente elevado do VLT” e “evidências de possibilidade real do não aproveitamento para a Copa (considerando que a obra poderá ser concluída após o evento)".

Para o MPF, uma alternativa plausível seria a substituição do VLT pelo BRT (bus rapid transport), por exemplo. O custo de investimento seria menor.
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