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Notícias / Criminal

Depois de ser inocentada por unanimidade, viúva luta pela guarda da filha

Da Redação - Priscilla Silva

O drama da deficiente visual Luciene Dias da Costa, de 25 anos, inocentada nessa sexta-feira (17) de ser a mandante do assassinato de seu esposo, Arley Amorim Arguilera – morto no dia 30 de dezembro de 2010, no bairro Mangabeiras, em Várzea Grande – ganha novos capítulos. Agora, a jovem luta pela guarda de sua filha, C.A.C.A, hoje com 8 anos de idade.

Durante o período em que esteve na prisão, a guarda da criança estava provisoriamente sob a responsabilidade de sua sogra Maria Célia Amorim Aguilera. De acordo com o advogado “pro bono” de Luciene, Vilson Nery, ao todo foram dois anos longe da filha, porém, agora, a juíza responsável pela mudança de guarda da menor, Christiane Costa Marques Neves da Silva, da 2º Vara de Família de Várzea Grande, “se recusa a devolver a criança à mãe que foi injustamente acusada”.

Deficiente visual é absolvida por unanimidade pelo Júri Popular

Ao final do Júri Popular realizado nessa sexta-feira (17), Luciene foi inocentada por unanimidade em um julgamento que terminou na madrugada. Ela foi julgada juntamente com Rafael da Silva, autor do disparo que vitimou Arley. Ele foi considerado coautor da execução e condenado a 15 anos de prisão.

O julgamento teve início nesta quinta-feira (16) e concluído por volta das 4h de sexta (17). O Júri entendeu que nos autos do processo inexistiam provas que pudessem comprovar a participação de Luciene no crime tipificado. A sentença de sua absolvição foi assinada por Otávio Vinícius Affi Peixoto, Juiz de Direito e Diretor do Foro da Comarca de Várzea Grande Estado de Mato Grosso.

Vilson Nery chegou a criticar as falhas do judiciário com relação ao caso. “Ao final do Júri, ouvi dizer que a guarda da criança que foi entregue à avó paterna, que foi a principal acusadora de Luciene, deveria ser transferida para a mãe, mas agora a juíza deu outro posicionamento. E tudo isso acontece com a convivência da Justiça de Mato Grosso”, desabafou o advogado.

Na prisão

Na prisão a viúva teve os dentes quebrados e foi baleada numa rebelião de detentas no presídio Ana Maria do Couto, ocorrida no ano passado. Luciene é portadora de ceratocone, doença não inflamatória degenerativa, que a deixou cega de um dos olhos.
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