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Pleno do TJMT deve julgar amanhã denúncia de venda de sentença contra juiz de Sinop

Da Redação - Laura Petraglia

Denunciado à Corregedoria do Tribunal de Justiça em 2011 pelo produtor rural Clayton Arantes e pelo Ministério Público Estadual, em ação penal ajuizada no ano passado por liderar uma suposta ‘máfia’ de venda de sentenças na Comarca de Sinop, em conluio com advogados, o juiz Paulo Martini deve ter seu processo apreciado na sessão administrativa do Pleno nesta quinta-feira (23).

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Ciente da possibilidade, o agricultor, a exemplo do que fez em 2011, irá acampar na frente do Palácio da Justiça a partir das 13 horas desta quarta-feira (22) à espera do julgamento. Segundo ele, caso a denúncia não entre na pauta ele iniciará greve de fome por tempo indeterminado.

Consta da denúncia formulada por Klayton à Corregedoria que, mesmo com um sistema eletrônico de distribuição de processos, estranhamente, as causas defendidas pelos advogados Flávio Américo Vieira e Ledocir Anholete, só eram julgadas por Paulo Martini.

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O primeiro manifesto do agricultor na porta do TJMT se deu em 2011, depois de ele ter sido supostamente prejudicado em uma ação de reintegração de posse. Arantes teria comprado o imóvel em 1998 e, em 2003, uma decisão de Martini fez com que ele perdesse a propriedade para Adão Batista.

O pedido de afastamento está no bojo da ação penal movida pelo MPE contra o magistrado devido ao risco de prejuízos gerado à magistratura pela permanência de Martini.

Desde 2006 Martini é investigado e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acompanha o processo. O caso está sob cuidados do procurador Hélio Faust, e o processo corre sob sigilo judicial.

Atualizada e corrigida às 23h37
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