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Quinta-feira, 26 de setembro de 2024

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CASO PAULO HENRIQUE

Comissão de Ética instaura processo contra vereador preso em operação; relator é definido em reunião

Foto: Reprodução/TV Câmara Cuiabá

Comissão de Ética instaura processo contra vereador preso em operação; relator é definido em reunião
A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Cuiabá instaurou, oficialmente, o procedimento ético contra o vereador Paulo Henrique (MDB), que foi preso na última semana no desdobramento da Operação Ragnatela.


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A decisão aconteceu durante reunião realizada nesta terça-feira (24). O relator do processo será o vereador Kássio Coelho (Podemos).

Antes de colocar em votação na comissão sobre a abertura do procedimento, o presidente do colegiado, Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), fez a leitura da linha do tempo, desde que o parlamentar foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal.

Ele explica que, no dia 10 de junho, os vereadores protocolaram um Comunicado Interno (CI) pedindo informações sobre quais atitudes a Comissão de Ética tomaria em relação ao parlamentar. No dia seguinte, o pedido foi lido em plenário para dar prosseguimento no rito.



No dia 17 do mesmo mês, a Procuradoria entregou seu relatório opinando pelo arquivamento, pois a CI era uma forma errada para pedir a abertura de uma processante, entendimento que não foi seguido pela Comissão.

Um mês depois, os membros recebem o inquérito da operação, com mais de 5 mil páginas. Ele destacou que nas páginas não havia muita clareza que levaram a polícia a realizar mandado de busca e apreensão contra Paulo Henrique.

Depois da retomada do recesso parlamentar, eles solicitaram prazo de 45 dias para fazer a leitura do processo, período que encerrou dia 15 de setembro. Na semana passada, os vereadores conversaram por telefone para agendar um encontro para deliberar sobre o tema, no entanto, na sexta-feira (20), Paulo Henrique foi preso na segunda fase da operação.

Rodrigo ainda rebateu as críticas da oposição que, segundo ele, nunca chegaram a protocolar um pedido de informações durante o tempo e não questionaram sobre o processo enquanto Paulo Henrique estava no Legislativo.

“Muito me entristeceu vendo as acusações que os nobres colegas fizeram contra a Comissão de Ética, tendo em vista, que esses vereadores nunca, em momento algum se manifestaram em pedir qualquer ofício para que a Comissão de Ética esclareça como estava a situação do vereador Paulo Henrique, mas após preso, depois que o cachorro estar morto, todo mundo quer chutar. Em época eleitoral, os holofotes ficam atentos e a gente tem que colocar o que é de César… então quer dizer que a Câmara Municipal, através da Comissão de Ética, vem fazendo um trabalho muito ético”, pontuou.

A operação deflagrada pela Polícia Federal investiga um esquema envolvendo servidores públicos que colaboraram com membros de organização criminosa para lavar dinheiro por meio de shows e eventos em casas noturnas.

Segundo as investigações, os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária. Paulo Henrique atuava em benefício do grupo na interlocução com os agentes públicos e recebia, em contrapartida, benefícios financeiros.
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