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Sábado, 31 de agosto de 2024

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Operação Castelo de Areia

'Príncipe' do tráfico de drogas é preso pela Polícia Civil em operação que mira ‘biqueiras’

Foto: Reprodução

'Príncipe' do tráfico de drogas é preso pela Polícia Civil em operação que mira ‘biqueiras’
A Polícia Civil em Rosário Oeste desencadeou nesta terça-feira (31) a Operação Castelo de Areia e prendeu um traficante conhecido como "Príncipe" ou "Magnata", responsável por gerenciar a venda de entorpecentes em três cidades. O criminoso também seria a "voz" (quem dá as ordens em uma facção criminosa) e o centro financeiro das atividades de tráfico. 


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Ao todo, foram deflagrados 21 mandados judiciais contra o grupo liderado por "Príncipe". Nesta primeira etapa, o objetivo é apreender entorpecentes e armas de fogo com os investigados por atuar como "biqueiros". Segundo a Polícia, os biqueiros são os traficantes da modalidade "formiguinha", recebendo semanalmente pequenas quantidades de drogas com a exata quantidade para venda. 

Outro alvo é "Príncipe", que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por gerenciar o tráfico de drogas em Rosário Oeste, Nobres e Jangada. Por meio de investigação financeira, apurou-se que diversas pessoas realizavam constantes transações financeiras a ele, incompatíveis com as atividades lícitas dos investigados.
Biqueiros e sanções 

A Delegacia de Rosário Oeste apurou ainda que o grupo age com clara divisão de tarefas e relativa organização. “O líder encomendava, semanalmente, a carga de droga e tinha uma pessoa responsável para distribuir cada tipo de entorpecente aos demais biqueiros. Além disso, havia os responsáveis para fazer o recolhimento semanal de valores e da 'camisa', taxa de R$ 100 mensais cobrada pela facção autorizando o biqueiro a vender a droga”, explicou o delegado de Rosário Oeste, Antenor Pimentel Marcondes. 

A investigação apurou ainda que o líder do tráfico também ordenava mortes daqueles que vendiam entorpecentes sem autorização ou de quem era delator. Quem devia droga ou cometia furtos também era alvo das sanções, pois tais crimes atrapalhavam os negócios do tráfico.



Ilusões e lucros 

A segunda etapa da operação terá como foco a individualização da conduta dos integrantes da organização criminosa na região, a fim de responsabilizá-los.

“É uma vã ilusão dos indivíduos que acreditam que encontram em facções criminosas uma suposta família, pois ao final, inevitavelmente, encontram a prisão ou a morte”, pontuou Antenor .

O lucro das atividades de tráfico, por sua vez, concentra-se quase que exclusivamente no todo da pirâmide, ficando com o líder e outros acima dele. “Embora os biqueiros, de pouco em pouco, movimentem grande monta de dinheiro e droga, eles vivem na penúria e apenas o escalão mais baixo se expõe a praticar crimes violentos como espancamentos e homicídios. Quem ordena, por sua vez, ganha os lucros”, finaliza o delegado de Rosário Oeste. 

O nome da Operação Castelo de areia refere-se a príncipe que vive em um castelo de ilusões, sem alicerces firmes que, inevitavelmente, irá se desmanchar. A operação conta com apoio da Delegacia de Nobres, Delegacia de Roubos e Furtos de Várzea Grande, GCCO, Gerência de Operações Especiais e Canil do SOE.
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