A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia, em parceria com a Conab - Companhia Nacional de Abastecimento -, realizaram a classificação de seis mil toneladas de grãos de feijão, atendendo assim cerca de 3.400 produtores rurais. Pela produção foi pago um total de oito milhões e 600 mil reais, distribuídos entre 27 municípios do Estado.
A classificação oficial de feijão em Rondônia tem por objetivo avaliar as cargas que pequenos agricultores do Estado vendem a Conab e garantir o pagamento do preço mínimo estabelecido pelas normas nacionais. Para isso, foram instalados postos de regulamentação em diversos municípios de Rondônia, como Rolim de Moura, Alta Floresta do Oeste, Alto Alegre dos Parecis, Cacoal, Alvorada do Oeste, Presidente Médici, Ouro Preto do Oeste e Ariquemes.
"Quem ganha é o produtor e a economia dos municípios", avalia Augustinho Pastore, presidente da Agência de Defesa Sanitária. "O produtor pode gastar o dinheiro da venda no comércio local. A tendência é que a parceria, que já é longa, continue por mais outros anos", completa.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2007, Rondônia foi responsável pela produção de 42.285 toneladas de grãos de feijão, em 3.975.900 hectares.
Oferta e controle
Para gerar estoques reguladores de feijão, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri) tem apoiado a aquisição da produção de feijão referente à safra 2008/2009 pela Conab. O pequeno produtor rural recebe, para cada saca de 60 Kg de feijão, entre 87,60 e 82,20 reais. É permitido comercializar até 40 sacas, o equivalente a 3,5 mil reais. A Seagri é responsável pela viabilização do transporte de toda a produção dos grãos.
No entanto, para receber o pagamento de sua produção, o agricultor deve estar atento a algumas exigências. Segundo a Seagri, a umidade máxima permitida dos grãos é de 13%, a saca não pode ter mais que 2% de impurezas. Além disso, o Cadastro de Pessoa Física (CPF) deve estar regularizado.
Investimentos
Rondônia já responde por 3% de todo o feijão plantado e colhido no país. A produção provém quase que exclusivamente de pequenas propriedades familiares. Segundo o governo estadual, os resultados refletem o bom desempenho do Programa de Mecanização Agrícola desenvolvido em parceria com a Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural com o objetivo de incentivar, em cada município, o uso de tecnologia para fortalecer a agricultura familiar de forma sustentável. Os investimentos em programas de apoio a agropecuaristas no Estado chegam a R$ 22 milhões.
