O deputado Homero Pereira (PR) sugeriu a criação da Organização Mundial do Ambiente. O novo órgão, segundo ele, atuaria nos moldes da Organização Mundial do Comércio (OMC) para regulamentar uma legislação ambiental única no mundo. "A economia é globalizada, portanto temos que competir nos mesmos mercados que não têm legislação tão restritiva quanto a nossa", justificou, ressaltando que a nova entidade é crucial.

Durante audiência pública da Comissão Especial sobre Código Florestal e que contou com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, Homero propôs que a ideia seja levada pelo Brasil à reunião de cúpula que vai tratar das mudanças climáticas, em Copenhage (Dinamarca), em dezembro.

O deputado integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária condenou qualquer tentativa de atribuir à agricultura a responsabilidade sobre o aquecimento global. Ele esclarece que a produção agrícola é sequestradora de carbono através do processo de fotossíntese. "Somos fixadores de carbono", garante.

Ele refuta ainda qualquer possibilidade de redução da área plantada para que o Brasil atinja metas de redução da emissão de gases. "O Brasil não pode diminuir sua produção em troca da imagem internacional e deixar seu povo na miséria. O Brasil não pode apresentar metas para reduzir metas de redução de emissões sem criar políticas públicas que compensem a produção, a geração de emprego e a renda. Não cabe aos países em desenvolvimento limitar seu crescimento", critica.

Sobre o zoneamento da cana-de-açúcar em Mato Grosso, Homero criticou a impossibilidade na Bacia do Alto Paraguai, mas foi rebatido pelo ministro Carlos Minc, que garantiu a disponibilidade de 6 milhões de hectares aptos para o plantio de cana-de-açúcar "verde" no Estado de Mato Grosso.