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Sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Notícias | Agronegócios

"soja louca II"

Nova doença ameaça produtividade

Enquanto a incidência de ferrugem asiática nas lavouras continua mantendo sojicultores mato-grossenses em alerta, uma nova doença atinge as plantações do médio norte do Estado, preocupando duplamente os produtores. Denominada pela Embrapa como “soja louca II”, a doença se ampliou na região e responde por uma perda de 2% da produtividade, segundo estimativa do setor produtivo local. “A cada ano o problema tem se agravado mais e a ocorrência é alta neste ano”, complementa o presidente do Sindic

Enquanto a incidência de ferrugem asiática nas lavouras continua mantendo sojicultores mato-grossenses em alerta, uma nova doença atinge as plantações do médio norte do Estado, preocupando duplamente os produtores.


Denominada pela Embrapa como “soja louca II”, a doença se ampliou na região e responde por uma perda de 2% da produtividade, segundo estimativa do setor produtivo local. “A cada ano o problema tem se agravado mais e a ocorrência é alta neste ano”, complementa o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antônio Galvan.

Conforme explica o fitopatologista da Embrapa/Soja, Maurício Meyer, a causa da anomalia nas plantas ainda não foi completamente esclarecida, assim como o manejo mais eficiente.

Entre as hipóteses, é cogitada a interação entre herbicidas, fungicidas e inseticidas, assim como as altas temperaturas, maior quantidade de matéria orgânica no solo e ataques de alguns tipos de ácaros. Antigamente, segundo Meyer, a doença era ocasionada por um ataque intenso de percevejos.

“Há uns 15 anos, só aparecia esporadicamente e principalmente nas regiões do Maranhão, Pará e Tocantins, onde o clima é mais quente”, explica Meyer. Como o médio norte mato-grossense apresenta condições climáticas semelhantes, a ocorrência da “soja louca II” tem evoluído.

“A planta fica verde o tempo todo e não atinge a maturação, o que favorece inclusive a ferrugem”, explica o fitopatologista. “A planta acaba abortando os grãos”, acrescenta Galvan.

No próximo mês, conforme adiantou Meyer, deve ser divulgado um comunicado da Embrapa com orientações a respeito das formas de manejo da doença. “Uma das alternativas pode ser a incorporação do resto de cultura, com gradagem do solo”, adianta.

Na opinião do presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja-MT), Glauber Silveira, a doença compromete a produtividade, mas ainda não é tão alarmante quanto a ferrugem. “Não é um problema generalizado. É uma doença nova, que ainda precisa ser identificada para ser combatida”.

Para ele, a produtividade média alcançada na colheita da soja pode ficar abaixo de 50 sacas por hectare. Na última safra, a média foi de 55 sacas/hectare.

O presidente do Sindicato Rural de Sinop concorda que os maiores prejuízos aos sojicultores são decorrentes da ferrugem. “Ela está sendo mais agressiva no final do ciclo, então quem plantou tardiamente está tendo maior quebra de produtividade”, diz Galvan.
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