Após serem ouvidos pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta tarde (4), os trabalhadores da Usina Alcoopan pegaram um ônibus de volta para o Distrito de Chumbo, nas proximidades de Poconé (110 km de Cuiabá), na sede da empresa.

De acordo com um dos líderes do grupo, a situação é bastante difícil. “Lá (no Tribunal Regional do Trabalho) e aqui (MPF) é só documento em cima de documento. Ainda não tem solução nenhuma”, desabafou o retirante.

No MPF, a única coisa que pode ser feita foi um depoimento para o servidor responsável pelo atendimento ao trabalhador. Em alguns dias, o caso deverá ser avaliado por um procurador que decidirá se cabe ou não a denunciar a usina por trabalho escravo. Vale lembrar que a Alcoopan já foi acionada pela Justiça, pelo mesmo crime, em 2006.

Contudo, os trabalhadores não se dão por vencidos. A decisão do grupo é de não trabalhar um só dia enquanto uma solução não for apresentada. Estarão em Chumbo apenas aguardando uma resolução para o problema.