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Domingo, 29 de setembro de 2024

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DENGUE

Rondonópolis não suportaria epidemia da doença

Para o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Hélio Pichioni, no caso de uma epidemia de casos de dengue, Rondonópolis não teria condições estruturais e humanas para...

Para o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Hélio Pichioni, no caso de uma epidemia de casos de dengue, Rondonópolis não teria condições estruturais e humanas para atender os pacientes infectados.


A afirmação do parlamentar, que também é médico, foi feita ontem (2) durante a sessão legislativa da Câmara Municipal. Conforme Pichioni, nenhuma das unidades hospitalares da cidade teria o número de leitos suficiente para internar todos os pacientes, caso os números da doença avancem. “Só teria espaço no chão, nos corredores”, salientou Pichioni.

Só neste ano, Rondonópolis apresentou 907 casos de dengue. Segundo o vereador, desde abril foram identificados 23 novos casos da dengue tipo hemorrágica, mês em que a cidade passou a apresentar este subtipo da doença.

Conforme o parlamentar, no mês de novembro o índice de infestação no município chegou a 2,5%. O problema é que o percentual considerado normal, ou seja, sem maiores perigos de iniciar uma epidemia, é de até 1%. Há regiões da cidade em que houve mais de 2,5% de infestação pelo mosquito transmissor da doença. “Isso nos preocupa muito, mas não adianta só as autoridades promoverem ações, é preciso que a população se conscientize e faça a parte que cabe a ela”, alertou.

A região do bairro Vila Aurora, área nobre da cidade, é um dos locais em que o índice é maior que 2,5%. O bairro concentra grande número de residências de alto padrão que possuem piscinas. No caso de residências desocupadas, o problema é ainda maior, pois muitas não estão recebendo a limpeza adequada, oferecendo ao mosquito o ambiente ideal para a sua reprodução.

Um projeto de lei do vereador Adonias Fernandes (PMDB), que regulamenta a utilização de piscinas na cidade, visa diminuir a incidência de focos na região da Vila Aurora e em outras localidades que tenham piscinas.

A proposta foi aprovada na Câmara, recebeu emendas e aguarda nova votação. A lei prevê o cadastramento de todos os prestadores de serviços na limpeza e manutenção de piscinas, coletivas ou individuais. Eles é que repassarão para a Vigilância Epidemiológica do município, mensalmente, os dados referentes à qualidade das piscinas.

Além disso, a Vigilância Epidemiológica também mantém um cadastro com todos os locais onde existem piscinas sem limpeza. A cada 60 dias, os agentes visitam o local e fazem o tratamento da água com larvicidas, com validade de 90 dias.

Ações

Segundo Alencar Libano de Paula, gerente da Vigilância Epidemiológica, a partir de hoje (3) até este sábado, os agentes estarão visitando residências na Vila Aurora para a aplicação do larvicida. Outras residências do bairro que não receberam a visita em outro momento também serão checadas, assim como as das ruas Padre Anchieta e João Goulart, as quais integram a lista das que têm piscina ou estão fechadas há muito tempo. O gerente ressalta que a Vigilância tem total poder para aplicar multas aos moradores de locais que apresentarem riscos à população pela falta de limpeza.

Além disso, o Núcleo de Vigilância Ambiental do Centro de Controle de Zoonose (CCZ) vai intensificar as ações de combate à dengue nas escolas que vão sediar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no sábado e domingo, dias 5 e 6 de dezembro.

O bloqueio químico começou ontem (2) com duas frentes que vão atuar nas escolas estaduais José Salmen Hanze e Nunes Richa, na Vila Salmen; Odorico Leocádio da Rosa, no Novo Horizonte; e nas escolas municipais Gildázia Souza Pirozzi, no Jardim Ipanema; Gisélio da Nóbrega, na Vila Mamed e Nossa Senhora Aparecida, na Vila Canaã.

A operação prossegue até a sexta-feira (4) para garantir tranquilidade aos candidatos que disputam o Enem. Outro interesse é conscientizar os alunos da rede de ensino de Rondonópolis e evitar incidência da dengue entre a comunidade escolar.
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