O Sindicato dos Trabalhadores da Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Pública de Mato Grosso (Sinterp) quer ocupar uma cadeira no Conselho Deliberativo da nova Empresa Matogrossense de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Empaer).
Esta será uma das sugestões que representantes do Sinterp apresentam nesta segunda-feira (11) para a proposta do governo do Estado de transformar a Empaer em uma empresa pública de economia mista.

As propostas serão entregues em formato de emendas ao deputado estadual Zeca Viana (PDT) na Comissão de Agricultura e Pecuária da Assembléia Legislativa e ao secretário de Desenvolvimento Rural Agricultura Familiar, Zé Domingos.

De acordo com o presidente do Sinterp, Gilmar Brunetto, que antes havia sugerido a fusão da Empaer com o Instituto de Terras do Estado (Internat), entre as sugestões estão a unificação das diretorias de pesquisa e extensão rural, medida que pode “acabar com o ranço” entre os dois segmentos que atuam juntos na Empaer.

Brunetto também propõe que a nova Empaer não contrate mais servidores por meio de cargos de confiança, mantendo apenas servidores concursados para “evitar a politicagem” dentro da empresa.

“Em 1990 éramos 1048 servidores. Hoje somos 375 concursados e 185 cargos de confiança, quando a legislação prevê que o número de servidores sem concurso Não pode exceder 10% do efetivo. Sem contar que dos 375 concursados, 100 já estão aposentados mas continuam trabalhando. Precisamos valorizar a Empaer”, destaca.

O presidente do Sinterp também vai propor a criação de um fundo para que a Empaer tenha recursos para custeio e fazer investimento. Segundo ele, a empresa está de mãos amarradas por não ter orçamento próprio, já que “o Estado repassa apenas o salário” para instituição”.

O sindicalista afirma ainda que a decadência da Empaer resulta do pouco apoio dado pelo poder público para a agricultura familiar no Estado.

“Mato Grosso importa atualmente mais de 70% dos produtos da agricultura familiar que são consumidos pelas famílias no Estado. Precisamos dar um choque de gestão. Por isso contamos com a sensibilidade dos deputados e do secretário Zé Domingos para acatar as nossas sugestões”, afirma.