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Sexta-feira, 27 de setembro de 2024

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Rondonópolis

Primeiro semestre é de tranqüilidade na Câmara

Para quem esperava que 2009 iniciasse com muita briga e discussão entre partidos de sustentação ao prefeito José Carlos do Pátio (PMDB) e os de oposição a ele na Câmara de Vereadores de Rondonópolis, bem como muitos vetos a projetos do Executivo municipal, pode estar profundamente decepcionado. Poucas polêmicas foram  levantadas e o que se viu nestes seis primeiros meses do ano é um parlamento calmo e tranqüilo, como definiram alguns vereadores.


Após 15 anos de tentativas de vencer as eleições municipais em Rondonópolis, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) conseguiu conquistar o Executivo municipal nas eleições de outubro de 2008.  A disputa contra o ex-prefeito Adilson Sachetti (PR) foi acirrada e marcada por muitas  acusações e a presença ostensiva do governador Blairo Maggi na campanha  rondonopolitana.  A derrota de Sachetti foi considerada também como de Maggi, já que sua origem política é de lá.

Com  esses quadro, aliados, oposicionistas, lideranças comunitárias e a população em geral, imaginavam, de antemão, que o governo de José Carlos Junqueira de Araújo, o Zé do Pátio, não seria nada fácil, perante a cobrança e o veto a seus projetos por parte  dos vereadores contrários a ele. Não só imaginavam, como também esperavam tal comportamento de seus representantes. No entanto, não é o que vem acontecendo. Ao contrário, slavo uma ou outra rusga, a convivência tem sido pacífica.

O Olhar Direto ouviu alguns representantes do Legislativo para saber como foi esse início de atividades na Câmara Municipal, as expectativas, os assuntos que se sobressaíram e as idéias para um futuro próximo no município. O presidente da Casa, vereador Hélio Pichioni (PR), considera que brigas são normais, mas que o começo do ano no parlamento está sendo tranqüilo. “Não há pautas trancadas”, disse ele. Pichioni falou que a preocupação maior dos vereadores da oposição é a de manter a unidade do partido.

Lembrou que há também expectativa em torno de projetos que foram promessas de campanha de Zé do Pátio, como a implantação do passe livre para estudantes, o terceiro turno dos médicos e a redução de impostos. “Estamos aguardando”, afirmou o republicano.

O líder do prefeito na Câmara, Lourisvaldo Manoel de Oliveira, o Fulô (PMDB), também vê tranqüilidade no primeiro semestre do Executivo municipal e acredita que a calmaria se deve ao bom diálogo que o prefeito está tendo com a oposição. “O prefeito atende a todos, até mais a oposição”, afirmou o vereador. Fulô aproveitou para criticar a condução de outros governantes que foram eleitos no município, com relação ao estreitamento político. “Antigamente, os vereadores da oposição não podiam nem entrar na Coder ( Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis)”, contou o peemedebista.

Entre os projetos futuros que serão encaminhados pelo Executivo à Câmara de Vereadores, Fulô ressaltou a construção de um novo hospital pronto atendimento na região da Grande Vila Operária e a compra de um prédio que hoje funciona como hotel na cidade, para transformá-lo num hospital municipal.

O vereador Mohamed Zaher (PR), líder do Partido Republicano na Câmara de Vereadores, concorda com o presidente da Casa sobre a tranqüilidade do primeiro semestre, mas enfatiza que gostaria que fosse diferente. “Eu esperava que ouvesse uma oposição mais dura. Infelizmente está sendo muito light. Dos 200 projetos do Executivo aprovamos 197. O prefeito tem que rezar e agradecer a Deus”, declarou ele.
 
Em números atuais, até o dia 10 de julho foram protocolados na Casa de Leis Municipais 210 projetos do Executivo, sendo que destes, 200 foram aprovados.
Zaher aproveitou para fazer duras críticas na área mais lembrada pelo prefeito Zé Carlos durante sua campanha no último ano. “O que melhorou na saúde?”, questionou ele. O vereador se referiu também à falta de conclusão do Centro de Especialidades e Diagnóstico Albert Sabin (Ceadas) e da Clínica da Mulher e disse que é a favor de ter uma postura de mais cobrança ao que foi prometido, inclusive com vetos a projetos. Além dos prédios inacabados, assim como Pichioni, Mohamed questionou o andamento de projetos do passe-livre e do terceiro turno de médicos.

Zaher, que irá presidir o Conselho de Ética da Câmara, destacou a criação do conselho como uma das conquistas do primeiro semestre. O vereador Manoel da Silva Neto (PMDB) será o corregedor e Reginaldo dos Santos (PPS) e Cido Silva (PP) serão os membros do conselho, que deverá entrar em votação na próxima sessão do Legislativo, na quarta-feira.

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