Embora o número de pré-candidatas nas próximas eleições ainda esteja reduzido, a deputada Thelma de Oliveira (PSDB/MT) acredita em uma maior participação feminina nas próximas eleições por conta da entrada em vigor da mini-reforma eleitoral (Lei 12.034/09). Presidente Nacional do PSDB Mulher, Thelma participou na sexta-feira, em Cuiabá, da marcha das margaridas. No sábado esteve em São José dos Quatro Marcos e em Mirassol e hoje participa de sessão solene na Assembléia Legislativa em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

De acordo com a deputada, as mulheres expressam têm demonstrado maior interesse no ingresso de novas lideranças femininas na atividade política. “O interesse das mulheres é grande, mas os partidos políticos ainda são muito conservadores. Por isso espero que a mini-reforma eleitoral possa abrir mais espaço para a mulher”, revelou.

Com a lei eleitoral, sancionada pelo presidente Lula em setembro do ano passado, os partidos são obrigados a 5% do Fundo Partidário à criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres. O partido que não cumprir essa disposição deverá, no ano subseqüente, adicionar mais 2,5% do Fundo Partidário para tal destinação. Além disso, devem reservar ao menos 10% do tempo de propaganda partidária para promover e difundir a participação política feminina.

Outra mudança refere-se à chamada “lei de cotas para mulheres”, na qual cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo. Enquanto no texto anterior constava apenas a reserva das vagas, com a nova redação os partidos devem obrigatoriamente preenchê-las.

Thelma participou na sexta-feira, em Cuiabá, da marcha das margaridas. No sábado esteve em São José dos Quatro Marcos e em Mirassol e hoje participa de sessão solene na Assembléia Legislativa em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

Em relação ao dia 8 de março, a deputada afirma que a data é importante para uma reflexão sobre as conquistas das mulheres, principalmente em relação ao mercado de trabalho. A deputada lembra, porém, que a mulher enfrenta muitas dificuldades em relação ao homem, como a tripla-jornada, e faz um alerta para o problema da violência contra a mulher. “Em algumas localidades, a violência até aumentou, talvez por causa do aumento das denúncias contra os agressores. È um problema que ainda não solucionado em nossa sociedade”, declarou.