O Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT) lançam campanha de prevenção da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS) voltada para as mulheres. A campanha, com o título “Clube da Mulher Madura”, tem início no dia 13 de Fevereiro e vai até o período de Carnaval de 2009, com distribuição de 10.000 preservativos femininos.
A área de Insumos de Prevenção do Programa Estadual DST/AIDS, da Secretaria de Estado de Saúde, já procedeu à distribuição de preservativos femininos aos seguintes Escritórios Regionais de Saúde (ERS) de Mato Grosso: Água Boa, Alta Floresta, Barra do Garças , Cáceres e Diamantino , Juína, Juara , Peixoto de Azevedo , Porto Alegre do Norte , Rondonópolis, Sinop, Pontes e Lacerda, São Félix do Araguaia, Colider e Tangará da Serra. Os Escritórios Regionais de Saúde repassarão os preservativos femininos recebidos aos seus municípios de abrangência.
O título da campanha (Clube da Mulher Madura) se deve ao aumento de notificação de casos de AIDS entre mulheres com mais de 40 anos, conforme atestado por dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. Para a responsável técnica pelos Insumos de Prevenção do Programa Estadual DST/AIDS, Janaina Porto, os números indicam uma “feminilização da AIDS” no Estado.
Segundo o Sinan, do ano de 1985 a Junho de 2008, Mato Grosso apresentou registro de 5.724 casos de AIDS. Deste número 3.381 casos são do sexo masculino e 2.341 do sexo feminino, com 8.7% do total ocorrendo na população de 50 anos ou mais. Os óbitos por AIDS, nesse período de 1985 a 2008, chegaram a 1.390 casos.
“Já é do conhecimento geral que não existem mais grupos de risco no mapeamento da doença e sim comportamento de risco. Agora estamos vendo o aumento do número de mulheres infectadas pela doença na proporção de uma mulher para cada dois homens, segundo os números do Sinan, do Ministério da Saúde”, avaliou a técnica.
Janaina Porto ressaltou a importância do uso dos preservativos masculinos e femininos. “Eles previnem o amplo espectro de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), a AIDS e a gravidez indesejada se tornando, assim, um método de barreira de prevenção”.
A prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s) adquire, nesse contexto, um papel mais importante já que, clinicamente, esse tipo de doenças é uma porta de entrada para a AIDS, segundo Janaina Porto. “Os profissionais da área de Saúde que atendem a pacientes com algum tipo de DST seguem a lógica de que, se a pessoa contraiu uma doença sexualmente transmissível é porque não usa preservativo o que os leva a iniciar, imediatamente, uma investigação para diagnosticar ser a pessoa tem HIV/AIDS”, explicou.
