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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Registro de Doadores de Medula Óssea continua cadastrando voluntários

Desde a sua implantação, em fevereiro de 2005, até o presente momento, o Registro de Doadores de Medula Óssea de Mato Grosso (Redome) possui em seu cadastro cerca de 10.280 doadores de medula óssea. Esse serviço tem como principal objetivo cadastrar doadores voluntários de medula óssea reunindo informações como nome, endereço, resultados de exames e características genéticas de pessoas que se dispõem a doar a medula para transplante. Mato Grosso vem crescendo a cada ano no seu cadastro de doadores. “Na busca desse aumento estamos trabalhando com ações de sensibilização e informação para a população estar sempre informada sobre a importância de ser um doador”, destacou a assistente social do MT - Hemocentro, Cristina Fernandes Vidziunas.


De acordo com levantamento feito, no ano de 2008, foram cadastrados cerca de 5.716 doadores. Já no ano de 2007 foi uma média de 3.327 doadores. Em 2006, foram 480 cadastros, e no primeiro ano de funcionamento foram 757 pessoas. “Percebemos que a cada ano tivemos aumentos significativos quanto ao número de possíveis doadores. Porém, se faz necessária uma parceria ainda maior por parte da população para que possamos encontrar doadores compatíveis para a realização e efetivação do transplante de medula óssea, visto que a probabilidade de se achar um doador compatível dentro do Brasil é de um para cada cem mil cadastrados”, disse Cristina Fernandes.

O procedimento para captação de doador compatível da medula óssea inicia com a busca de doadores dentro da própria família. Quando não há um doador aparentado (um irmão ou outro parente próximo, geralmente um dos pais), a solução para o transplante de medula é procurar um doador compatível no Registro de Doadores e, se encontrado, articula-se a doação. “Pessoas da mesma família tem 25% de chance de ser um doador compatível, a probabilidade é bem maior. Caso contrário, as chances são entre um em cem mil pessoas”, declarou a assistente social.

COMO SE CADASTRAR - Qualquer pessoa que tenha entre 18 e 55 anos, tenha boa saúde e não apresente doenças, como as infecciosas ou as hematológicas, pode se cadastrar mo MT – Hemocentro como doador voluntário de medula óssea. O candidato recebe todos os esclarecimentos sobre o processo de doação e, em seguida, é colhida uma pequena amostra de sangue, que será submetida ao exame de classificação da medula (HLA - características genéticas importantes para a seleção de um doador) e enviado ao Redome, cujo cadastro central é sediado no Estado do Rio de Janeiro.

Quando surgir compatibilidade do doador com algum dos pacientes que aguardam o transplante, novos procedimentos vão garantir a efetivação da doação. No momento do cadastro, é indispensável a apresentação da carteira de identidade ou da carteira de trabalho na unidade do MT - Hemocentro.

Na retirada da amostra de sangue o doador assina um Termo de Consentimento onde os seus dados cadastrais, o resultado da tipagem HLA e os outros resultados dos exames de Histocompatibilidade/Imunogenética serão incluídos no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea - Redome, coordenado pelo Laboratório de Imunogenética do Instituto Nacional de Câncer - Inca, do Ministério da Saúde.

MEDULA ÓSSEA - O transplante é recomendado a pacientes com doenças que afetam as células do sangue, como leucemias, anemias e linfomas. O transplante é a substituição da medula óssea doente por uma saudável. Com isso, o organismo do paciente transplantado passa a produzir novas células da medula óssea e do sangue.

A medula óssea é um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecido popularmente por tutano. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue, as hemáceas, os leucócitos e as plaquetas. “A doação de medula óssea é um procedimento seguro, que não causa qualquer comprometimento à saúde do doador”, finalizou a assistente social, Cristina Fernandes.

PORTARIA MS- A assistente social do MT - Hemocentro mencionou um fato importante que vem de encontro aos serviços já realizados aqui em Mato Grosso que é da busca cada vez mais efetiva de possíveis doadores para transplantes. Publicado no Diário Oficial da União, do dia 22 de janeiro de 2009, o Ministério da Saúde autoriza que pacientes estrangeiros, em busca de um doador, possam identificar e utilizar as células-tronco hematopoéticas de doadores brasileiros. A medida vai ampliar as possibilidades de busca por doadores realizada pelo Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) e reduzir os gastos com a busca internacional para pacientes brasileiros.

Até o fim de 2009, o Ministério espera atingir 1,5 milhões de doadores cadastrados. Para isso, serão investidos R$ 7 milhões. O Sistema Nacional de Transplantes brasileiro alcançou padrão de qualidade internacional e passa a integrar a maior rede de registros de doadores de medula óssea do mundo.

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