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Sábado, 20 de abril de 2024

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Acampamento da Juventude receberá 20 mil participantes de fórum em Belém

Se o Fórum Social Mundial (FSM) pretende ser um espaço de diversidade de idéias, o Acampamento da Juventude, instalado para receber os participantes, é o espaço onde essa mistura é mais visível. Montado no campus da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), o espaço já abriga mais de cinco mil pessoas e deve receber mais 15 mil durante o encontro, que acontece entre os dias 27 de janeiro (amanhã) e 1° de fevereiro (domingo), em Belém.


As barracas, montadas em meio à vegetação nativa da Amazônia, já abrigam estudantes, representantes de movimentos sociais e de organizações sindicais, artistas e cidadãos do mundo. O músico Simba Amlak, da Guiana, é um deles, e está no acampamento para participar pela segunda vez de um FSM no Brasil.

Além de participar das atividades oficiais, Amlak disse que aproveita a viagem com oportunidade de intercâmbio cultural, inclusive para aperfeiçoar o português, que aprendeu a falar durante a estadia em Porto Alegre.

“O objetivo de estar aqui é a troca de informações. Para mim, o fórum é um grande espetáculo de intercâmbio, onde eu posso aprender mais, é muito construtivo”, disse.

Paulistano de Campinas, o carteiro Gemerson Brás também vai aproveitar o acampamento para conhecer participantes de outros países. Na lista de novas amizades, já conheceu moradores dos Estados Unidos, Canadá e Chile. “Estamos em torno de um mesmo objetivo e isso passa por aqui, pela troca de experiências. A gente veio para interagir”, disse.
A infraestrutura do acampamento, ou a falta dela, não parece incomodar os que escolheram o local. Além do espaço para montagem das barracas, a organização do acampamento providenciou banheiros químicos e um espaço para banho com chuveiros “com vista para a floresta”, como definiu uma participante.

“Se ficássemos em um hotel seria diferente, não teríamos oportunidade de conhecer tantas pessoas”, argumentou o estudante de sociologia Guillaume Charbonneau, que saiu das temperaturas abaixo de zero no Canadá para o calor de mais de 30 graus de Belém, com mais de 80 colegas. “Aqui [no acampamento], é o melhor lugar para conhecer o verdadeiro ambiente do fórum”, acrescentou o estudante.

Mais acostumado com o calor, o estudante baiano Vandílson Alves enfrentou um maratona de mais de dois dias de viagem, com caronas e ônibus convencionais, para chegar ao fórum e disse que o esforço valeu a pena. “A gente está aqui para lutar por algo em que acreditamos. Estamos aqui nem que seja para fazer o princípio, o começo da mudança. É a nona edição, mas as sementes estão sendo lançadas sempre”.

Em meio a malas e colchões, ainda à procura de um espaço vazio para se instalar no acampamento, um grupo de 40 estudantes de Uberlândia também está interessado nas discussões políticas da reunião. Pela terceira vez em um Fórum Social Mundial, o estudante de direito Júlio César Souza, líder do grupo, acredita que a reunião tem que dar respostas mais práticas aos desafios do “esgotamento” do atual modelo de economia. “Tem que haver o estabelecimento de ações práticas para os movimentos sociais e governos de esquerda pautem alternativas ao modelo hegemônico”, disse.

Parte das tendas temáticas que irão concentrar as discussões do FSM estão instaladas no campus da Ufra, próximas ao acampamento. De acordo com a organização, ônibus levarão os participantes para a Universidade Federal do Pará (UFPA), que também integra o território do Fórum.
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