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Sábado, 20 de abril de 2024

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Após 8,3 mil demissões, setor de máquinas quer regime especial

Depois de fechar milhares de postos de trabalho entre novembro e dezembro após 36 meses consecutivos de crescimento constante no nível de emprego, o setor de máquinas e equipamentos vai pedir aos governos federal e estadual a criação de um regime especial de tributos para evitar que o nível de demissões se amplie. 


A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) anunciou nesta sexta-feira a assinatura de um protocolo de entendimentos com a CUT e a Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) para levar o pleito do setor aos governos.

O segmento, que faturou perto de 80 bilhões de reais em 2008, emprega 250 mil trabalhadores diretos, tendo gerado 50 mil empregos nos últimos cinco anos.

"Não quero nem pensar em plano B. Temos que tomar uma atitude cirúrgica e rápida", afirmou Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq, em encontro com a imprensa referindo-se ao receio do setor sobre aumento dos cortes de postos de trabalho.

Segundo ele, o comitê interno da associação detectou uma queda entre 30 e 40 por cento no volume médio de pedidos da indústria em relação a setembro do ano passado.

A proposta não se trata de renúncia fiscal, afirma a Abimaq, mas de antecipação de tributos que seriam creditados ao longo do tempo. No caso do ICMS, por exemplo, ele é creditado em 48 meses e a indústria gostaria que, nesse regime especial, ele fosse creditado à vista.

O setor pede que sejam incluídos no regime especial de crédito os tributos ICMS, PIS e Cofins e IPI, ao passo que, nas compras de insumos, eles sejam isentos desses impostos.

"Com isso, vamos poder conceder algo como 20 por cento de desconto no preço dos equipamentos" o que poderia estimular um aumento no número de pedidos, afirmou Aubert. O regime funcionaria por 4 meses.

CUT QUER MANUTENÇÃO DE EMPREGO COMO PREMISSA

O presidente da CUT, Artur Henrique da Silva Santos, afirmou que a central decidiu participar desse acordo, e não dos demais negociados até agora entre sindicatos e empresários, porque "não podíamos apresentar propostas que não tivessem como premissa a manutenção do emprego e renda".

Segundo ele, com o regime especial de tributos e a ampliação da oferta de crédito, "podemos construir uma agenda positiva para lidar com a crise".
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