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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Advogada presa pela PF enganava clientes com falso prestígio

A advogada presa durante a Operação Alfa, Rúbia Ferreti Valente, também é suspeita de cometer o crime de falso prestígio. Já pesam contra ela as acusações de tráfico de droga, formação de quadrilha e venda de sentença.


Gravações telefônicas realizadas pela Polícia Federal constataram que a advogada cobrava dinheiro de seus clientes, alegando que conseguiria reduzir as penas, no entanto, nada resolvia.

Numa das escutas, foi constatado o diálogo de Rúbia Valente com Glauber, um dos presos durante a Operação Ícaro, realizada em julho de 2006, em Cáceres. Ele é marido de Marta Galha, presa durante a Operação Alfa, junto com outros membros da família.

A advogada pediu a Glauber R$ 200 mil para inocentá-lo, no entanto, ele foi condenado a nove anos de prisão por tráfico pela Justiça do Espírito Santo. Em dezembro do ano passado, Rúbia Valente foi presa tentando soltar Carlos Galha com um alvará falso.

O marido de Rúbia, Wanderley José Valente, também foi preso na Operação Alfa acusado de envolvimento com o tráfico. Algumas conversas foram interceptadas e a PF acredita que ele dava proteção à advogada.

A família Galha agia em Cáceres e era responsável pela distribuição da droga para o estado de São Paulo. Além de Marta, foram presas ainda na Operação Alfa, a irmã Helena Rodrigues, o sobrinho Sidney Alves Martins e outro membro da família que não teve o nome divulgado. Os irmãos Carlos e Luis Galha já foram condenados e cumprem penas em São Paulo e Minas Gerais.

A Operação Alfa foi deflagrada no dia 19 de janeiro e 22 pessoas foram presas em Mato Grosso, além de outras 43 no resto do país, totalizando 65 pessoas. Vinte estão foragidas, entre elas, a matriarca da família Galha, Dejanira Galha, 60 anos. No Estado, a PF apreendeu R$ 35 mil em dinheiro, 13 veículos e quatro armas.

Grandes empresários do ramo de veículos e construção do estado de São Paulo foram presos durante a operação acusados de comandarem o tráfico. Na cidade de Uchoa-SP, foi descoberto um laboratório onde o entorpecente era preparado para ser vendido.

Operação Alfa

De acordo com a PF, as investigações iniciaram em abril de 2007, quando levantamentos da Polícia Federal em Brasília identificaram que traficantes do Mato Grosso estavam comercializando uma partida de droga com compradores da cidade de São José do Rio Preto. A partir daí, informações foram transmitidas a esta delegacia, que de pronto promoveu a instauração de inquérito policial que culminou com a expedição das ordens judiciais de prisões e buscas que estão sendo cumpridas hoje.

Dentre os presos envolvidos no tráfico estão empresários das áreas de construção civil, turismo, comércio de automóveis, além de advogados. Dos 84 Mandados de Prisão, 21 são para mulheres envolvidas no tráfico.

Ação

O primeiro grupo, cujos membros são da mesma família, utilizavam de uma empresa de construção civil sediada em Curvelândia (MT), que mantinha obras na região de San Matias, na Bolívia. A droga era ocultada nos veículos da firma para ingresso em território nacional. Uma vez de posse do entorpecente a organização deliberava pelo melhor momento para a revenda a seus associados que atuavam em vários Estados. Os dois irmão presos são Claiton e Clayton Simões Duarte.

O segundo grupo se utilizava de duas aeronaves marca Cesna, modelo 210, para o transporte da cocaína da região de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, para os Estados do Mato Grosso e de Goiás, onde o entorpecente era lançado em fazendas da organização, para posterior revenda e distribuição.

O terceiro grupo atuava na região de Cáceres, cidade que ostenta significativo comércio de cocaína, para revenda no Estado de São Paulo.
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