A Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Gerência de Implementação da Política de Promoção da Saúde, vem avançando no Projeto de Interiorização da Saúde do Estado. As atividades de capacitação para Formação de novos servidores para estarem atuando como Doutores Palhaços em suas regionais tiveram início no município de Rondonópolis. Cerca de 14 servidores do Hospital Regional foram capacitados para esta ação. O curso foi realizado em três módulos com 16h cada um.
Outra Regional, que também já deu início à formação de novos grupos de Saúde com Alegria, foi no município de Colider. Cerca de 16 servidores já participaram do 1º módulo e a continuação do curso será agora em 2009.
De acordo com o gerente de Implementação da Política de Promoção a Saúde, Fernando Vasconcelos, o projeto estratégico para este ano é expandir o número de capacitações para as demais Regionais do Estado, sendo elas: Cáceres e Sorriso. “Com essas ações de descentralização e novas formações de atores da alegria, para estarem atuando e amenizando os ambientes hospitalares, é uma forma de fortalecermos cada vez mais a Política de Humanização, preconizada pelo Ministério da Saúde e garantirmos uma melhor qualidade de vida e uma boa recuperação para aqueles pacientes que estão precisando de atenção e muito carinho”, declarou o Fernando Vasconcelos.
“A atuação dos Doutores Palhaços visa suavizar o ambiente hospitalar, resgatando a alegria que, durante o período de internação, se torna escassa. “Especialistas que trabalham com humanização afirmam que a suavização do ambiente hospitalar promove a redução do tempo de internação, aumento do bem-estar dos próprios funcionários e a diminuição das faltas no trabalho”, disse o gerente.
Mato Grosso foi o primeiro Estado brasileiro a institucionalizar a função dos Doutores Palhaços, que atuam desde junho de 2004. Na capital, o grupo atua nos hospitais conveniados com a SES: Hospital do Câncer, Hospital Geral Universitário, Hospital Júlio Muller, no Pronto Socorro de Cuiabá e no Pronto Socorro de Várzea Grande, duas vezes por semanas, as terças e quintas-feiras, período vespertino.
ATUAÇÃO- Fazendo parte da equipe desde o início da história do grupo, a servidora Eunice Dal´Maso, personagem “Doutora Gata Bocaiúva”, diz que a partir do momento em que chegamos ao hospital, o foco do olhar está voltado para o ambiente hospitalar, separando os problemas lá de fora. “Não podemos prever o que iremos encontrar”. Ela diz ainda que, o servidor tem que estar preparado e preocupado com a qualidade do atendimento a ser ofertado ao paciente. A tradução de cada visita resume-se em uma única palavra: Esperança.
Segundo ela, em cada dia há busca é de ofertar aos pacientes um pouco de esperança para uma vida melhor. “Conseguimos elevar a auto-estima, significando melhores respostas aos tratamentos daquele usuário”, completou a doutora.
Outro integrante é o servidor Daniel de Paula, personagem “Doutor Peteleco”. Para ele, o palhaço de hospital é provido de muita coragem, é preciso muita dedicação, determinação e principalmente muito estudo. “A psicologia emocional se faz necessária o tempo todo, uma palavra inadequada num ambiente como este pode abalar toda proposta deste trabalho”, declarou ele. Doutor Peteleco finaliza ainda dizendo que, uma das maiores motivações é a reciprocidade, é o sorriso do paciente. Cada olhar, cada sorriso, é mais um impulso para o servidor continuar a ação. “Ser palhaço é um estado de espírito constante”.
A servidora Noemi Silva, personagem “Doutora Pepita Pequi”, que também atua desde o início do projeto, diz que a técnica da linguagem do palhaço e o estudo relacionado ao trabalho, é fundamental para um bom desenvolvimento da atuação. Além também da disposição e sensibilidade, que são pontos importantes na relação do “personagem palhaço”, com todos envolvidos num ambiente hospitalar.
CARACTERÍSTICAS – Os Doutores Palhaços fazem parte das ações do Projeto Saúde com Alegria, ambos inseridos na Política de Humanização do SUS, e são compostos por servidores de carreira da Secretaria de Estado de Saúde, com formação em diversas áreas. O foco principal da abordagem hospitalar que realizam é a linguagem do palhaço para motivar e amenizar o ambiente hospitalar.
