As 450 famílias de extrema miséria cadastradas ao Banco de Alimentos de Cuiabá receberam ao longo do ano passado 108 toneladas de produtos que compõem os “sacolões”, cerca de 9 a 10 toneladas por mês. Cada uma delas obteve, num intervalo de 15 dias, uma média de 10 kg de alimentos. O projeto busca evitar a condição de insegurança alimentar, por meio do aproveitamento de verduras, legumes e frutas arrecadados nas férias livres e supermercados. Antes de estarem apropriados para o consumo, os vegetais passam por um rigoroso processo de seleção e higienização, depois são embalados a vácuo.
Ao invés de centralizar num único ponto de coleta, a partir do ano passado, as pessoas puderam buscar as cestas nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) mais próximo de casa. Mudança que para o coordenador da unidade, Adriano Luiz Marques, significou um grande avanço, pois facilitou a vida de muita gente que mora longe e precisava pegar vários ônibus para chegar à sede do programa que fica no bairro do Porto. “Ninguém precisa ficar por aí pedindo sacolão. Estruturamos o serviço para que as famílias possam ser atendidas perto das suas casas com alimentos de boa qualidade até o tempo que precisem para se reorganizar”.
O Banco de Alimentos também atendeu 74 entidades públicas e conveniadas ligadas as Secretaria de Assistência Social e Educação com a doação de pelo menos 62 toneladas mensais de produtos, comprados a partir do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) de pequenos produtores da Baixada Cuiabana.
A iniciativa colaborou com a manutenção de pelo menos 3 mil refeições diárias de seis das unidades da Secretaria de Assistência Social (Smasdh) que proporcionam alimentação todos os dias a crianças, adolescentes e adultos, como Casa da Retaguarda, Ser Menino, Abordagem Solidária e Casa de Amparo às Mulheres Vítimas de Violência. Também colabora com creches públicas e filantrópicas da Educação.
O acesso à alimentação regular de qualidade é uma preocupação da Prefeitura Municipal de Cuiabá. Para garantir esse direito à população em risco e vulnerabilidade social, buscou-se a parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e o governo estadual, para potencializar as ações já instalada na área de segurança alimentar e nutricional. As ações ultrapassam o caráter assistencial e são acompanhadas por vários tipos de atividades, como capacitações na área de produção e reaproveitamento alimentar.
Banco de Alimentos: Rua Feliciano Galdino, s/n°, bairro do Porto, antiga sede da Regional Leste.