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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Primeiro trimestre é melhor época para procurar estágio, dizem especialistas

Os meses de janeiro, fevereiro e março são os melhores para procurar estágio, segundo a Associação Brasileira de Estágios (Abres), o Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) e o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee).


O motivo é a combinação da grande demanda com a baixa concorrência. O Nube informa que o número de vagas deve aumentar em 20% no período. A previsão da entidade é de que 10 mil novas vagas sejam abertas neste trimestre.

Já o Ciee prevê crescimento de 10% e abertura de mil novas vagas por dia no país - 250 só em São Paulo. 

Motivos

Seme Aroni Junior, presidente da Abres, explica que, nesta época do ano, há pouca concorrência por causa das férias e porque muitos estudantes mudam de área e desistem do estágio iniciado no segundo semestre.

Carmen Alonso, gerente de treinamento do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), entidade associada à Abres, aponta vários fatores para a grande oferta de vagas de estágio no primeiro trimestre.



Isso acontece, segundo ela, devido à abertura de novas vagas pelas empresas no começo do ano, às oportunidades abertas no fim do ano e que não são preenchidas porque os estudantes não são encontrados por estarem em período de férias, e também às vagas desocupadas com a conclusão do estágio e formatura dos alunos.

Aroni Junior alerta os estudantes para que deixem todos os contatos possíveis para serem localizados – celulares, telefones de onde estarão – e, além disso, sempre consultem e-mail.

Segundo a gerente de treinamento do Nube, de janeiro a março, o aumento no número de vagas chega a 20%. “E não encontramos candidatos, pois muitos estão em férias ou em intercâmbios no exterior e só retornam para o batente no começo do ano letivo”, comenta.

800 vagas por semana


Segundo Carmen, das 10 mil novas vagas que devem ser abertas no trimestre, em média 70% são de nível superior, 18% de nível médio-técnico e 12% de nível médio. Carmen diz que no Nube surgem em média de 700 a 800 novas vagas por semana. Atualmente há 2 mil vagas abertas.

Em 2008, foram abertas no Nube 1,04 milhão de vagas (695 mil para ensino superior e 345 mil para médio e médio técnico). Para 2009, Carmen prevê que sejam abertas 1 milhão de vagas por causa da crise econômica.

No Nube, os cursos com maior número de vagas são administração de empresas (41,5%), comunicação social (14%) e informática (10,2%). Os outros cursos correspondem a 34,3% das vagas.

“Administração é o curso coringa porque dá para trabalhar em várias áreas. No nível médio técnico, os cursos com maior demanda são infra-estrutura para telecomunicações e informática. Já para nível médio as áreas com maior demanda são administrativa e de atendimento”, informa Carmen.

Segundo Aroni Junior, os cursos com maior dificuldade para terem as vagas preenchidas por falta de candidatos qualificados são engenharia, estatística, biblioteconomia, economia, matemática, ciências contábeis e secretariado executivo.

A média das bolsas na Abres é de R$ 429,94 para ensino médio, R$ 498,37 para ensino médio técnico e de R$ 760,78 para nível superior.

Mil vagas por dia

O Centro de Integração Empresa-Escola tem abertas atualmente mais de 7 mil vagas em todo o país – mais de 2,5 mil no estado de São Paulo, segundo Eduardo Oliveira, superintendente operacional da entidade.

Oliveira diz que o número de contratações nos primeiros três meses do ano aumenta em média 10%. De acordo com ele, o Ciee espera que sejam abertas cerca de mil novas vagas por dia no Brasil no primeiro trimestre - só em São Paulo, a meta é de 250 novas vagas por dia. 

Para o ano de 2009, ele espera um crescimento de 6,5 % em relação a 2008.


No Ciee, a maior demanda é para os cursos de administração, informática, engenharias, direito, pedagogia, ciências contábeis e economia.

“Quem está nos últimos anos do curso tende a ter bolsa maior porque tem conhecimento maior”, informa.

Lei do estágio

Segundo a Abres, de outubro a dezembro de 2008, a queda no número de vagas chegou a 40% por causa da nova lei de estágio, que obrigou as empresas a se adequarem às novas regras. Entre os pontos mais importantes da nova lei estão limitação da carga horária, bolsa-auxílio e vale-transporte para estágios não obrigatórios e recesso remunerado de 30 dias.

“As empresas congelaram vagas, pararam de contratar por não saberem ainda como se posicionar nem como se adequar à nova lei. Foi um período de ajuste. Agora as empresas voltaram a contratar”, diz Carmen, do Nube.

Para Oliveira, do Ciee, as mudanças com a nova lei do estágio já foram plenamente absorvidas pelo mercado. “Ter estagiários é um bom negócio porque não incidem encargos sociais e trabalhistas. Não cria vínculo empregatício. É uma contratação de baixo custo para as empresas”, diz.

Carmen diz que o estágio é muito importante para o estudante. “Se o estágio não for o dos sonhos, o estudante deve aproveitar essa experiência para entender as funções de hierarquia, ter um bom relacionamento com a equipe, boa comunicação dentro da empresa, aprender a trabalhar em grupo e a importância da liderança”, diz.

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