Lugar de ciclista é na ciclovia e de ambulantes, fora dela. Pode parecer óbvio, mas essas, entre outras medidas, surpreenderam boa parte das pessoas que utilizavam a área de lazer na orla de Copacabana na manhã deste domingo (18).
Com 45 agentes, a operação choque de ordem percorreu os seis quilômetros da Avenida Atlântica, recebendo denúncias, reclamações e elogios.
Ao todo, segundo a Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop), foram rebocados 12 veículos utilizados como depósito de mercadorias irregulares de camelôs e apreendidos 70 sacos de gelo, três de coco, uma carroça tipo burro-sem-rabo e um carrinho de mão.
“É tanto tempo com a letargia do poder público que as pessoas vão errando e vão ficando. Aos poucos elas vão se acostumando e entrando nos eixos para todo mundo poder curtir o seu lazer com melhor qualidade”, acredita o secretário especial de Ordem Pública, Rodrigo Bethlem, que acompanhou o trabalho dos servidores.
“Tem pai e mãe que vem com os filhos andar de bicicleta no lugar de pedestres, que é a pista fechada para área de lazer. Tem idoso que acaba sendo atropelado aqui. A prefeitura deveria organizar voluntários do próprio bairro para ajudar”, sugeriu ao secretário uma moradora de Copacabana.
Moradores de rua
Abordada por homens da operação, a população de rua foi chamada a mostrar documentos e alertada de que não poderia dormir nem ocupar locais públicos, mas niguém foi recolhido a abrigos.
“A prefeitura está buscando ampliar os abrigos e torná-los mais aprazíveis”, disse Bethlem.
Mesmo sem recolhê-los, já tem gente sentindo a diferença no bairro.
“A população de rua veio crescendo aqui em Copacabana como um enxame. Isso dá segurança para a gente andar na rua sem ter que ficar se preocupando com tudo”, pondera a aposentada Vera Lúcia Correa, de 55 anos.