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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Cariocas vão às praias sem saber se estão próprias para banho

Quando o termômetro passa dos 30 graus, fica difícil ficar dentro de casa no Rio. A opção, para aqueles que não têm uma piscina, são as praias, principalmente das zonas Sul e Oeste. No entanto, muitos cariocas não se preocupam em verificar se o local onde vão se refrescar é próprio para banho de mar, e as conseqüências podem ser sentidas literalmente na pele.


“Já fiquei com coceira e com bolinhas no corpo. Não sei se São Conrado é própria para o banho, dizem que não porque tem uma vala, mas mesmo assim eu venho”, disse a dona de casa Yanike Augusto de Souza, 19 anos, enquanto se refrescava na Praia de São Conrado, na Zona Sul.

Yanike ressaltou que não se importa se a água está própria para o banho quando vai à praia. “Eu vou à praia de qualquer jeito. Basta ter sol. Acho que a maioria das pessoas é assim, ninguém olha as condições do mar”, disse.

O auxiliar administrativo Luiz Carlos Viana Júnior, 29 anos, disse, enquanto curtia o frescor da praia do Leme, também na Zona Sul, que geralmente consulta as condições de balneabilidade das praias, mas não sabia que o local onde se refrescava na manhã deste sábado (17) estava impróprio para banho.

“Sempre vejo as condições do mar, mas não sabia que a praia do Leme estava imprópria para o banho. Acho isso um desrespeito à natureza”, disse.

Outra freqüentadora do Leme, Juliana Nicolay, 29, disse que freqüenta a praia desde criança, mas atualmente não entra na água do balneário. “Eu acho que a gente corre um risco de entrar na água do mar sem saber as condições”, explicou.

Já Paulo Roberto Ribeiro Francisco, 56 anos, vai à Praia do Leblon há muitos anos, e fez sérias críticas sobre as condições do mar. “Essa água aí ta preta. Você viaja pra Recife e pra Bahia, a água é ótima. A daqui é podre. Eu nem caio na água. Venho pra cá porque moro aqui, porque pago um IPTU caro pra caramba”, disse.

Praias próprias e impróprias
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão vinculado à Secretaria estadual do Ambiente, divulgou a relação das praias próprias para o banho de mar.

Segundo o Inea, que faz coletas de águas da Barra de Guaratiba ao Flamengo todas as segundas e quintas-feiras, além de inspeções visuais à sextas, as praias cariocas recomendadas são: Grumari, Prainha, Pontal, Recreio, Barra da Tijuca (exceto o trecho entre o Quebra-Mar e o Pepê) – todas na Zona Oeste –, Arpoador, Diabo e Praia Vermelha (na Zona Sul).

Em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, onde Inea faz a coleta apenas às terças-feiras e confirma com uma avaliação visual às sextas, o instituto recomenda o banho nas praias: Piratininga, Sossego, Camboinhas e Itacoatiara.

As praias do Vidigal, Leblon, Ipanema, Copacabana e Forte São João (Urca), todas na Zona Sul, são recomendadas, mas com restrições, quando alguns trechos não são recomendáveis.

Praias impróprias
Já as praias Barra de Guaratiba, Joatinga, na Zona Oeste e Pepino, São Conrado, Leme, Urca, Botafogo e Flamengo, na Zona Sul do Rio, além de Gragoatá, Boa Viagem, Flechas, Icaraí, São Francisco, Charitas, Jurujuba, Eva, Adão e Itaipu, em Niterói, são consideradas impróprias para o banho.

A avaliação das condições de balneabilidade, segundo o Inea, é feita com base na análise microbiológica da água (contagem de coliformes fecais). O Inea recomenda não entrar na água em nenhuma das praias quando chover, porque a água das chuvas carrega uma quantidade de efluentes para o mar, por meio das galerias de águas pluviais.
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