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Sábado, 20 de abril de 2024

Notícias | Economia

Centrais acusam áreas não afetadas pela crise de flexibilizar direitos do trabalhador

Dirigentes das principais centrais sindicais do país acusam empresários de setores que não foram atingidos pela crise de aproveitar o momento para flexibilizar direitos dos trabalhadores. Eles citam as áreas de energia elétrica e de cimento, as montadoras de veículos e ps bancos.


O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, classificou a atitude das empresas de chantagem. “Até certo ponto, pode-se colocar como uma chantagem empresarial”, disse Patah à imprensa, antes de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar das demissões.

Já o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, considera oportunismo dos empresários as alegações de que necessitam reduzir a jornada de trabalho e os salários. Os sindicalistas defendem jornada menor desde que não haja alteração de salários.

“[Isso] coloca por terra a tese dos empresários de que no Brasil é difícil demitir. Se fosse difícil demitir, a gente não tinha tanto trabalhador demitido em 2008”, afirmou Henrique, referindo-se aos dados do Ministério do Trabalho que revelaram o fechamento de 654 mil postos de trabalho em dezembro do ano passado, o dobro da média para esse mês.

Henrique disse que cobrará do governo federal atuação dos banqueiros para minimizar os efeitos da crise, setor, que segundo ele, teve alto faturamento no ano passado e, “sentado na cadeira”, sem adotar medidas anticrise, estaria dispensando funcionários.

O presidente da CUT reclamou ainda de que a equipe econômica não está dialogando com os trabalhadores sobre a crise. "O Mantega [Guido Mantega, ministro da Fazenda] tem que conversar com os trabalhadores, não só com os empresários", afirmou.
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