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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Desaceleração econômica eleva confiança sobre redução da Selic, segundo especialistas

O Comitê de Política Monetária (Copom) deveria reduzir a taxa básica de juros (Selic) em, pelo menos, 0,75 ponto percentual, na próxima quarta-feira (21), de acordo com a economista Maristella Ansanelli, do Banco Fibra. Isso porque, segundo ela, “a crise internacional não dá sinais de arrefecimento e a desaceleração da atividade econômica doméstica fica cada vez mais evidente”.


Além disso, seu colega Flávio Mendes acresenta que “o risco de inflação se reduz a cada dia, abrindo espaço para um ciclo de flexibilização da política monetária maior e mais acelerado”. O cenário econômico estaria, portanto, favorável a uma redução gradativa da taxa. que remunera os títulos públicos depositados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de parâmetro para os juros bancários.

Maristella afirmou que os dados mais recentes da atividade econômica “apontam para uma desaceleração muito mais acentuada” do que era esperado, e o pior, “sem perspectiva de retomada [do crescimento econômico] no curto prazo”. Ao contrário, ela disse que as pesquisas de confiança e de intenção do empresariado sinalizam para mais desemprego nos próximos meses, com tendência a reforçar o enfraquecimento da economia.

Esse quadro “é relevante para a tomada de decisão de política monetária”, segundo Flávio Mendes. Razão porque acredita que o Copom “deve dar início à redução da taxa básica de juros em um ritmo mais acelerado”. Até porque, os custos do crédito bancário já começaram a cair, de acordo com levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Isso, depois de 2008 ter sido um dos períodos mais difíceis para os tomadores de empréstimo bancário, pois, com o repique da inflação, no primeiro trimestre de 2008, o Copom retomou o processo de elevação da Selic a partir de abril, elevando-a de 11,25% ao ano para os atuais 13,75% ao longo do ano. Simultaneamente, os bancos também elevaram seus custos, na cola de um spread (diferença entre juros cobrados na captação e no empréstimo) que ultrapassou 30% em média, no mês de novembro. O mais alto da série histórica, iniciada em 1994.

Conforme pesquisa da Fundação Procon, de São Paulo, com dez instituições bancárias, os juros do crédito pessoal subiram nada menos que 16,6% no ano passado. Passaram de uma taxa média de 5,36% ao mês, em janeiro, para 6,25% em dezembro. Isso deu uma taxa média anual de 5,72% contra 5,32% no ano anterior. A maior taxa média, de 6,55%, foi praticada pelo Unibanco, e a menor taxa, de 4,49%, foi da Caixa Econômica Federal.

No caso do cheque especial, a taxa média em janeiro foi de 8,21% ao mês e evoluiu 13,64% ao longo do ano, de modo a chegar em dezembro cobrando 9,33%, o que deu média anual de 8,73% contra 8,24% em 2007. A maior taxa, de 11,34% ao mês, foi cobrada pelo Banco Safra, e a menor taxa média, de 7,59%, foi da Caixa.

Entretanto, com a decisão governamental de os bancos oficiais baixarem as taxas de juros para facilitar o crédito ao consumidor, a partir de dezembro, o sistema bancário aos poucos acompanha a política de barateamento do preço dos empréstimos. Afinal, Caixa e Banco do Brasil estão praticando taxas de juros atrativas, entre 0,88% e 3,82% ao mês, para quem quiser financiar despesas típicas de início de ano, como pagamentos de impostos e material escolar, sem comprometer o orçamento familiar.
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