A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sustenta a recuperação vista na abertura, a reboque do desempenho positivo registrado nos mercados externos. As Bolsas americanas recuperam terreno, com investidores animados pela liberação de mais uma parcela do pacote anticrise bilionário dos EUA e a assistência ao setor bancário americana. Analistas também citam a expectativa pelo plano do presidente eleito dos EUA, Barack Obama, para reativar a economia. O câmbio reflete a trégua na crise e desce para R$ 2,31.

O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, ascende 1,04% e marca os 39.557 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,22 bilhão. Nos EUA, a Bolsa de Nova York ganha 1,08%.

O dólar comercial é vendido por R$ 2,317, o que representa um decréscimo de 2,60% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 439 pontos, número 4.35% abaixo da pontuação anterior.

Os investidores voltaram às compras, superando o noticiário de prejuízos no setor corporativo e os já habituais indicadores de deterioração da economia americana: a contração de 2% da produção industrial em dezembro, bem com a deflação vista nos preços ao consumidor, a pior desde 1954.

E o Bank of America reportou um um prejuízo de US$ 1,79 bilhão (US$ 0,48 por ação) no quarto trimestre do ano passado enquanto o Citigroup anunciou perdas de US$ 8,29 bilhões (US$ 1,72 por ação) no mesmo período.

Esse coquetel de notícias, que derrubaria as Bolsas de Valores em qualquer outro dia, no entanto, foi eclipsado pela decisão do Senado americano, que ontem à noite liberou a segunda metade do plano de US$ 700 bilhões (o chamado "Tarp") para aliviar os efeitos da crise financeira no país.

Também ontem à noite, a imprensa americana adiantava que os democratas americanas já discutiam o pacote de US$ 825 bilhões em medidas de estímulo à economia. A ajuda de US$ 20 bilhões ao Bank of Americana ainda foi mais um fator que ajudou a melhorar o ambiente de negócios nesta sexta-feira.

No cenário doméstico, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que as vendas no comércio em novembro caíram 0,7%, na comparação com o mês anterior. Em relação a novembro de 2007, houve alta de 5,1%.