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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Abertura da economia da Líbia atrai brasileiros

Pelo menos 200 brasileiros vivem hoje na Líbia. A maioria, segundo a Embaixada do Brasil no país, chegou nos últimos cinco anos, após o fim do embargo da Organização das Nações Unidas (ONU) para trabalhar em obras públicas que estão sendo feitas pela construtora brasileira Odebrecht. Há também mulheres brasileiras casadas com homens líbios e que já moram no país há vários anos.


“Estou em Trípoli há cerca de sete meses, e a distância do Brasil ainda assusta um pouco. Mas o trabalho consome parte do meu dia. A experiência está sendo boa, porque há pessoas de várias nacionalidades que estão na Líbia pelo mesmo motivo. Sabemos das restrições por causa da religião e procuramos manter a discrição”, disse Perla Lima, que trabalha no setor de Relações Institucionais da construtora Odebrecht na Líbia.

Localizada ao norte do continente africano e separada da Europa pelo mar Mediterrâneo, a Líbia tem os costumes e a cultura árabe. A religião predominante é muçulmana, que, dentre as restrições, está a ingestão de carne suína e de bebida alcoólica. A cada 150 metros, na capital Trípoli, há uma Mesquita, onde rezam diariamente centenas de pessoas.

As mulheres seguem a tradição e nas ruas e em ambientes fechados, usam lenços para cobrir a cabeça e vestidos longos. As calças compridas não devem marcar as curvas femininas e a burka, o traje muçulmano que deixa apenas os olhos de fora, é usada por muitas delas.

Na capital, as lojas comerciais de roupas, calçados, brinquedos e de artigos para o lar se concentram no mercado popular Al Mouchire, dentro das antigas muralhas que formam a cidade histórica.

O conglomerado lembra as ruas da SAARA (Sociedade de Amigos e Adjacências da rua da Alfândega), no Rio de Janeiro, o maior centro comercial de rua na cidade iniciado por comerciantes árabes que se foram morar na cidade. Ali, o ofício passa de pai para filho, como no caso dos ourives e batedores de prata. Estes últimos ocupam um corredor inteiro do mercado e o barulho do martelo modelando a chapa de prata ou de cobre pode ser ouvido de longe.

Artesanalmente, os batedores fazem objetos para decoração, quadros e utensílios para cozinha. “Fazemos as peças e vendemos no próprio mercado. Algumas já exportamos para o sul da África, Espanha e Itália”, disse Angard El Soudi, de 28 anos e que trabalha com o pai. O preço, segundo ele, depende do peso e do tempo que eles levam para fazer a peça.

Em outro ponto do mercado, Adnan Mohra, comerciante de tapetes e souvenirs, tem a loja constantemente cheia. Segundo ele, são turistas que agora visitam Trípoli com mais freqüência. “As vendas aumentaram nos últimos anos e vemos por aqui pessoas de várias nacionalidades que gostam do nosso artesanato e principalmente dasjóias de ouro feitas por nossos ourives”, completou.
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