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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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União Europeia critica Israel e Hamas em visita a Gaza

O comissário para o Desenvolvimento e a Ajuda Humanitária da União Europeia (UE) visitou a faixa de Gaza nesta segunda-feira e condenou o grupo radical Hamas, que controla o território palestino, por agir como "um movimento terrorista", e criticou também a ofensiva de Israel, pedindo ao país que permita a entrada de mais ajuda a Gaza.


Louis Michel está entre as maiores autoridades que visitaram Gaza desde que o Hamas tomou o controle do território em 2007. Apesar de o Hamas ser considerado um grupo terrorista pela UE e outros países ocidentais, seus comentários foram dirigidos à ofensiva israelense em Gaza, que matou cerca de 1.300 palestinos.

"O Hamas tem um enorme responsabilidade pelo ocorrido aqui em Gaza", disse Michel, ao visitar uma instalação da ONU bombardeada por Israel.

Ele repetiu as críticas israelenses de que o grupo islâmico usa civis como "escudos humanos" ao lutar a partir de áreas populosas, e descreveu o lançamento de foguetes contra Israel como uma "provocação". "O Hamas está agindo como um movimento terrorista", afirmou. O grupo islâmico disse ter ficado "chocado" com os comentários de Michel.

Maior doador
Ex-ministro do Interior da Bélgica, Michel afirmou que, de acordo com a política da UE, ele não se reuniu com nenhum membro do Hamas, sendo que a maioria deles segue escondida apesar do fim dos combates, há uma semana.

A União Europeia é a maior doadora aos palestinos, e Michel anunciou uma ajuda humanitária de 58 milhões de euros para 2009, dos quais 32 milhões de euros serão destinados a Gaza.

Ao falar dos bombardeios israelenses, ele criticou a destruição de fábricas e outras infraestruturas econômicas. "O que eu vi é abominável. É injustificado", afirmou Michel.

Ele pediu a Israel para abrir as passagens de fronteira com Gaza para deixar entrar não apenas alimentos e remédios, mas materiais necessários para a reconstrução.

Israel proíbe a entrada de produtos como cimento e canos de metal, alegando que eles podem ser usados pelo Hamas para a construção de armas e túneis usados para o tráfico de armamentos. Israel também defendeu suas táticas militares em Gaza, afirmando que elas são apropriadas para combates em zonas populosas.

Mushir al Masri, membro do Hamas, criticou Michel. "É chocante ver uma autoridade europeia dando cobertura aos massacres e terrorismo cometidos pela entidade sionista contra a população palestina", afirmou.

"A resistência palestina é tão legítima quanto a resistência de países europeus que lutaram contra ocupantes estrangeiros."

Michel, que afirmou que os dois lados devem ser responsabilizados por transgressões da lei internacional, afirmou: "Quando vocês matam inocentes, não é resistência. É terrorismo."
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