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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Em telefonema de despedida, Bush expressa a Lula gratidão aos amigos

Em telefonema de despedida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse hoje (19) que se sentiu honrado em ocupar o cargo e que foram muitas suas realizações nos oito anos de mandato. No entanto, ele não mencionou no telefonema quais foram suas realizações.


Segundo o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, Bush também expressou gratidão aos amigos com quem trabalhou e mencionou especificamente o presidente Lula.

Lula, por sua vez, disse que considera um privilégio estar entre os presidentes brasileiros que puderam construir uma excelente relação com os Estados Unidos. De acordo com o porta-voz do Planalto, Lula também ressaltou a importância dos seis anos de trabalho em que seu mandato coincidiu com o de Bush.

Ao final do telefonema, que durou 10 minutos, Bush convidou Lula para fazer uma visita a seu rancho no estado norte-americano do Texas, e o presidente brasileiro reiterou o convite ao presidente norte-americano para uma pescaria no Brasil.

O mandato de Bush termina amanhã (20), com a posse do democrata Barak Obama na Presidência dos Estados Unidos.

Questionado sobre a reação do Planalto aos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, que apontam perda de mais de 654 mil postos de trabalho no país em dezembro, Baumbach disse que o governo mantém-se otimista e vai trabalhar para enfrentar os números do desemprego.

Quanto à posição do governo em relação à carta do presidente italiano, Giorgio Napolitano, reclamando do asilo político concedido ao escritor Cesare Battisti, o porta-voz disse que dar o refúgio foi uma decisão soberana. Segundo Baumbach, ainda não está prevista uma resposta brasileira à carta de Napolitano. E o governo brasileiro também não pretende divulgar o conteúdo da resposta ao presidente italiano. De acordo com Baumbach, Lula tomou conhecimento do conteúdo da carta hoje.
Battisti foi preso no Rio de Janeiro, em 18 de março de 2007, e está detido na penitenciária da Papuda, no Distrito Federal. Ex-líder da extrema esquerda na Itália, vinculado ao grupo Proletários Armados pelo Comunismo, foi condenado em seu país de origem à prisão perpétua em duas sentenças, apontado como autor de quatro assassinatos, entre 1977 e 1979. Ele fugiu da Itália para a França em 1981, onde viveu por mais de dez anos, e depois veio para o Brasil
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