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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Hamas anuncia trégua e dá uma semana para Israel retirar suas tropas

O movimento islâmico radical Hamas anunciou neste domingo um cessar-fogo imediato na faixa de Gaza de seus militantes e grupos aliados. O representante do Hamas, Ayman Taha, afirmou que a trégua valerá por uma semana para que os israelenses possam retirar suas tropas da região.


"Hamas e suas facções anunciam um cessar-fogo em Gaza, começando imediatamente e dá a Israel uma semana para retirar-se", disse Taha, representante do Hamas que está no Cairo, Egito, para negociar uma trégua duradoura com Israel. 

Além da saída de todas as tropas, o Hamas exige que Israel abra todas as passagens fronteiriças da faixa de Gaza e permita o fluxo de pessoas e mercadorias para cumprir "as necessidades básicas" do povo palestino. israel impôs um bloqueio à região desde junho de 2007, quando o Hamas tomou controle da faixa de Gaza expulsando o Fatah, de Mamhoud Abbas.

Na noite deste sábado (17), o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, anunciou um cessar-fogo na região, afirmando que os objetivos já haviam sido alcançados --enfraquecer o Hamas e impedir o lançamento de foguetes contra seu território. Olmert alertou, contudo, que a trégua seria rompida caso o grupo insistisse no ataque contra Israel, o que levou ao rompimento do acordo unilateral menos de seis horas depois.

Neste domingo, Israel afirmou que não vai considerar uma data para a retirada de suas forças da faixa de Gaza até que o Hamas e seus militantes encerrem o lançamento de foguetes.

Vítima
Ao menos um palestino morreu neste domingo nos novos ataques israelenses contra a faixa de Gaza, que romperam, menos de seis horas depois, a trégua anunciada por Olmert.

Os relatos ainda são imprecisos, mas fontes médicas citadas pelo jornal israelense "Haaretz" afirmam que o palestino, um civil, foi morto durante contra-ataque israelense a um grupo de militantes do Hamas que lançaram foguetes contra as tropas.

Segundo o jornal, o confronto aconteceu na cidade de Khan Yunis, em Gaza. O Exército respondeu ao ataque e iniciou confronto direto com os milicianos, segundo porta-voz militar, com apoio da artilharia e de helicópteros. Médicos palestinos identificaram a vítima como um civil.

Em outro incidente, militantes atiraram contra uma patrulha da infantaria no norte da faixa de Gaza. As tropas responderam, segundo o Exército, também com artilharia e helicópteros.

Frágil
Olmert afirmou neste domingo que a trégua é frágil e que o Exército retomará a ofensiva contra o território se os milicianos do Hamas não suspenderem seus ataques.

Na abertura da reunião semanal com seus ministros, Olmert disse esperar que o cessar-fogo unilateral adotado por Israel também seja respeitado pelo movimento islâmico, embora tenha lembrado que Israel está preparado para todas as opções.

"Caso o fogo continue, o Exército está preparado. Saberemos atuar sem demora como requerem [as circunstâncias]", advertiu.

Olmert reconheceu que "o cessar-fogo é frágil". "É preciso avaliá-lo minuto a minuto, hora após hora". "As forças do Exército estão atentas, ouvem qualquer barulho e estão prontas para qualquer ordem", disse, lembrando que a decisão do governo israelense de declarar um cessar-fogo unilateral "dá a Israel liberdade de ação para responder e retomar as operações militares caso as organizações terroristas continuem atacando".

Logo após o anúncio da trégua unilateral por Israel, Ali Barakeh, um dirigente do Hamas, declarou na Síria que o grupo vai continuar resistindo a Israel "com todos os meios" se o governo israelense não retirar as tropas de Gaza e abrir as fronteiras do território. "A declaração israelense não é suficiente", disse ele.
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