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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Israel tenta incluir libertação de soldado em negociação com Hamas

Enquanto o Gabinete de Segurança de Israel prepara-se para votar nesta noite uma proposta de trégua após 22 dias de ataques a Gaza, centenas de pessoas protestaram neste sábado em frente ao Ministério da Defesa do país defendendo que qualquer acordo para encerrar o conflito inclua a libertação do soldado Gilad Shalit, informou a versão eletrônica do jornal israelense "Yedioth Ahronoth".


Sequestrado pelo Hamas em 2006 e mantido em cativeiro desde então, Shalit é considerado pelo grupo um "trunfo" nas negociações com o governo israelense.

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O número de palestinos mortos na ofensiva passa de 1.160, segundo fontes de Gaza, e o de feridos chega a 5.000. Três israelenses foram mortos no mesmo período por foguetes lançados pelo Hamas, e dez soldados do país morreram em ação.

De acordo com fontes do governo israelense citadas por agências internacionais, o gabinete, que inclui 12 ministros e decide sobre assuntos militares, deve votar neste sábado uma proposta de trégua unilateral, que prevê o fim dos ataques israelenses, mas a manutenção de forças militares em Gaza, território palestino dominado pelo grupo radical Hamas desde junho de 2007.

Israel ocupou Gaza entre 1967 --após o fim da Guerra dos Seis Dias-- e 2005, mas já atacou o território várias vezes desde então, sob a alegação de proteger-se do lançamento de foguetes, e como retaliação à captura de Shalit.

Sob condição de anonimato, autoridades de Israel dizem que o governo está disposto a abrir a fronteira do país com Gaza para a entrada de ajuda humanitária, mas a abertura completa da passagem --uma das principais reivindicações do Hamas-- estaria condicionada a um acordo posterior, com a libertação de Shalit.

A proposta a ser votada tem como base um plano do governo egípcio para que um cessar-fogo de dez dias seja adotado por Israel, mas autoridades israelenses informam que o país vai se reservar o direito de responder a novos ataques do Hamas.

O líder do Hamas no Líbano, Osama Hamdan, afirmou neste sábado que vai manter o confronto, mesmo que Israel decrete o cessar-fogo unilateral e suspenda os ataques na faixa de Gaza.

"A batalha não acabou e não terminará com a suspensão da agressão [israelense], mas, sim, com o fim da ocupação", afirmou Hamdan, no Fórum de Apoio à Resistência, que começou nesta sexta-feira (16) no prédio da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em Beirute.

Mas negociadores do Hamas devem reunir-se com autoridades egípcias para discutir a resposta do grupo à possível trégua israelense. O Egito, tido como um dos poucos interlocutores que têm a confiança dos dos lados, negociou a trégua de seis meses entre Israel e o grupo palestino, que terminou no último dia 19 de dezembro e não foi renovada em meio a acusações mútuas de desrespeito aos termos do acordo.
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