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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Unicef doa 6,5 milhões de euros para o Zimbábue conter o cólera

A diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Ann Veneman, anunciou neste sábado a doação de 6,5 milhões de euros para que o Zimbábue combata a epidemia de cólera que atinge o país desde agosto do ano passado. Ao menos 2,2 mil pessoas já morreram, e a doença já cruzou a fronteira com a África do Sul.


O dinheiro da Unicef será entregue ao Ministério da Saúde para impulsionar os serviços na área, que se encontram paralisados no país, como denunciou em dezembro o ministro da Saúde, David Parirenyatwa. O Unicef também ajudará na perfuração de mais de 100 poços nas regiões em que falta água. 

O Zimbábue, que enfrenta uma grave crise econômica, sofre "uma escassez crítica de recursos na área de saúde, e os hospitais centrais, literalmente, não estão funcionando", disse Parirenyatwa, o que impede o tratamento de muitas pessoas com cólera.

Para Veneman, que visitou o Zimbábue durante três dias, "o surto de cólera é só a ponta do iceberg". "A economia do Zimbábue está sendo derrubada pela maior inflação do mundo, que, segundo os últimos números, chega 231.000.000%, enquanto mais da metade da população depende da comida doada pelas organizações de ajuda humanitária", declarou.

Além disso, "os centros de saúde fecharam suas portas e quando começar o novo ano letivo não há nenhuma garantia de que haverá professores suficientes para todos", acrescentou Veneman em uma entrevista coletiva.

Denúncia

Um grupo internacional de médicos disse nesta terça-feira (13) que a corrupção no país causa a morte desnecessária de zimbabuanos e que o presidente Robert Mugabe, líder do Zimbábue, deveria ser investigado pelo Tribunal Penal Internacional por possíveis crimes contra a humanidade. Para o grupo, com sede nos EUA, a ONU deveria assumir o sistema de saúde do país, incluindo seu sistema de água, em colapso, para diminuir o número de mortes desnecessárias por doenças como a cólera.

O principal líder opositor do Zimbábue, Morgan Tsvangirai, retornou ao país neste sábado com a promessa de que não será coagido a se juntar a um "desconexo governo de unidade nacional".
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