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Sábado, 20 de abril de 2024

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Lula: esquerda da América do Sul precisa provar 'competência' para governar

Em discurso nesta sexta-feira (16) em Maracaibo, na Venezuela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a América do Sul vive um momento ideológico “sem precendentes” e que a esquerda do continente precisa “provar que tem competência para governar”.


Lula citou como exemplo do crescimento da esquerda na América do Sul, além de sua eleição, as vitórias de Hugo Chávez (Venezuela), que estava ao seu lado, Tabaré Vazquez (Uruguai), Michele Bachellet (Chile), Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador) e Fernando Lugo (Paraguai).

“Se um historiador resolver escrever um livro sobre as mudanças na América do Sul, verá que é um momento ideológico sem precedentes. Isso aumenta nossa responsabilidade porque precisamos provar que a esquerda, quando chega ao governo, tem competência para governar. A vida inteira sofremos acusações de que éramos bons para discursar, mas que não tínhamos competência para governar”, disse.

Lula voltou a defender a integração dos países da região e o crescimento de todos de forma equilibrada. Ele disse que o projeto inaugurado nesta sexta-feira em Maracaibo visa dar condições à Venezuela para produzir e equilibrar a balança comercial entre os dois países, que atualmente é mais "vantajosa" ao Brasil, segundo o presidente. 

"Essa foi idéia da refinaria, que a gente possa importar coisas da Venezuela, equilibrar nossas relações e que a Venezuela não fique a vida toda dependendo do petróleo."

A crise financeira também foi tema do discurso de Lula. Ele pediu que “Deus coloque a mão em cima da cabeça” do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, que toma posse na próxima terça-feira (20) e dê a ele “inteligência e sensibilidade” com a crise e com os países da América do Sul.

O presidente fez um apelo pelas relações entre Cuba e Estados Unidos, chamando o bloqueio econômico imposto pelo governo americano à ilha de “perverso”.

“Fico imaginando um país com a formação acadêmica que Cuba tem, com as escolas de Cuba, se não tivesse o bloqueio, que país extraordinaário e desenvolvido seria. Por isso, não tem nenhuma explicação, nem política, sociológica ou científica. É apenas uma questão de gesto. Até porque o Obama ganhou as eleições junto com os cubanos de Miami”, disse.
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