Os servidores do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso decidiram hoje, durante assembléia-geral extraordinária da categoria, que vão paralisar suas atividades a partir de segunda-feira como forma de protesto contra a suspensão do pagamento de adicional nos salários.
A suspensão foi determinada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em concessão de liminar, conforme antecipou o
Olhar Direto, atendendo recurso do desembargador Mariano Travasssos, eleito presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
A liminar concedida pelo CNJ atende a um pedido de desconstituição interposto por Travassos contra a concessão feita aos servidores pelo atual presidente do TJ, desembargador Paulo Inácio Dias Lessa, que incorporou o adicional ao subsídio. Travassos alegou que houve ilegalidade na incorporação do adicional.
Na tentativa de derrubar a decisão do CNJ, os servidores do Poder Judiciário também decidiram, nesta tarde, ingressar com mandado de segurança junto ao Superior Tribunal Federal (STF).
O corte atingiu mais de três mil servidores do TJ, sendo que pelo menos R$ 1,8 milhão foi retirado de toda folha de pagamento. Foram cortados benefícios de adicional por tempo de serviço retroativos até cinco anos, cumulação de salários de cargos efetivos e comissionados
No auditório da instituição, cerca de 500 servidores participaram da reunião e conforme o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues dos Santos. Caso a liminar seja negada pelo STF, a categoria deverá paralisar as atividades por tempo indeterminado.
No entanto, ele disse ainda que pretende se reunir, ainda hoje, com o desembargador Mariano Alonso Ribeiro Travassos, que vai assumir o comando do Poder Judiciário no dia próximo dia 2 de fevereiro, para discutir o assunto.
Corrigida e atualizada às 210h14