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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

27% dos médicos sabem reconhecer a sepse, diz estudo

O último relatório do Instituto Latino-Americano de Sepse (Ilas), datado de 2006/2007 e que avalia a capacidade dos médicos reconheceram a doença, revela dados preocupantes sobre o diagnóstico e tratamento da sepse, conhecida como infecção generalizada. Responsável pela morte de 1/4 dos pacientes em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Brasil - entre eles a da modelo capixaba Mariana Bridi, que teve mãos e pés amputados -, a enfermidade é diagnosticada corretamente por apenas 27% dos médicos brasileiros, informa o estudo, realizado nos 21 maiores hospitais nacionais.


O relatório aponta ainda que o Brasil, ao lado da Malásia, é o país que lidera o ranking de mortes pela doença, 250 mil óbitos por ano. A pesquisa foi realizada em 2005 em 37 países. A taxa de diagnósticos equivocados é ainda maior nos hospitais da rede pública, que registra uma porcentagem de mortes de 52% entre os acometidos pela doença, 12 pontos porcentuais a mais do que na rede privada (40%), segundo dados do Ilas. O doente com sepse tratado no sistema público também demora mais a ser atendido no pronto atendimento, 24 horas contra seis de espera na rede particular.


Para fazer o relatório, o Ilas pediu que os médicos respondessem a um questionário em que teriam de identificar em quais situações médicas relatadas se podia afirmar que o paciente sofria de sepse. Cerca de 92% dos médicos brasileiros avaliados souberam identificar uma infecção simples e 81% um choque séptico, situações próximas à sepse. No entanto, somente 27% souberam reconhecer a doença. O estado mais grave de sepse foi identificado pela metade dos médicos questionados, 56,7% deles.


Apesar da falta de preparo dos médicos brasileiros em reconhecer e tratar a doença, o tratamento não tem grandes mistérios, segundo o relatório. O segredo para tratá-la é reconhecer previamente se uma infecção pode evoluir a um quadro de sepse. De acordo com o médico Eliezer Silva, vice-presidente do Ilas, quando o paciente apresenta quadros de falência de órgãos ou pressão arterial baixa, ele deve ser diagnosticado e tratado corretamente com antibióticos antes mesmo de chegar a uma UTI.
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