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Terça-feira, 23 de abril de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Cientistas relacionam vírus de resfriado ao surgimento da obesidade

A obesidade pode ser contraída por meio de um vírus igual ao de um resfriado comum, afirmam cientistas americanos citados hoje pela "BBC", embora analistas britânicos ponham em xeque essa correlação.


Uma equipe de especialistas do Pennington Biomedical Research Center acredita que o adenovírus, altamente infeccioso, que pode se espalhar através da tosse ou de mãos sujas, faz com que se multipliquem as células adiposas. Os cientistas americanos descobriram que os frangos e ratos de laboratório infectados por esse vírus engordavam muito mais rapidamente que os animais não contagiados, embora ingerissem a mesma quantidade de comida. Os estudos realizados em humanos indicam que quase um terço dos adultos obesos tem esse vírus, contra 11% dos indivíduos que não sofrem sobrepeso.

"O vírus entra nos pulmões e se propaga rapidamente pelo corpo. Viaja para vários órgãos e tecidos, como o fígado, os rins, o cérebro e o tecido adiposo", declarou o diretor da equipe, Mikhil Dhurandhar à "BBC". "Quando o vírus chega ao tecido adiposo, ele se replica, produz mais cópias de si mesmo, um processo que por sua vez aumenta o número de novas células adiposas, o que pode explicar a expansão desse tecido" no corpo, assinalou o professor Dhurandhar.

Segundo o cientista, esse tipo de efeito do vírus continua muito tempo após os infectados se recuperarem do resfriado. Ele reconheceu que há outras razões pelas quais as pessoas podem sofrer sobrepeso, motivo pelo qual "não faz sentido evitar os gordos para prevenir a infecção" de obesidade. Dhurandhar prevê que em cinco a dez anos pode haver uma vacina contra esse vírus.

Contraponto
No entanto, segundo Ian Campbell, diretor médico da organização contra a obesidade Weight Concern, "um vírus não pode ser razão suficiente para que tenhamos uma epidemia de obesidade".

"Há muitos outros fatores, como ingerirmos muito mais calorias do que gastamos, ou vivermos vidas sedentárias. Não acho que nossos hábitos alimentares sejam consequência de uma infecção viral: tudo é consequência da expansão das empresas que produzem alimentos doentios", acusou.
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